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Rua Costa Cabral
11 Setembro, 2018 / ,

A rua mais extensa do Porto começa no Marquês e prolonga-se, praticamente em linha reta, até à estrada da Circunvalação, um dos limites da cidade. Um longo percurso com muito para descobrir.

Construída numa zona da cidade que era predominantemente rural, esta rua desempenha ainda hoje um importante papel na circulação para a zona oriental da cidade, mas também nos acessos a concelhos vizinhos. Já no século XIX era por aqui que passavam pessoas e mercadorias a caminho de Guimarães, Braga ou Penafiel.

A Rua de Costa Cabral distinguia-se dos arruamentos antigos não só pela sua geometria mais regular, mas também pela pavimentação. Foi batizada com o nome de Costa Cabral, ministro que não era popular no Porto. Por isso, os habitantes da cidade não adotaram a designação, preferindo chamar-lhe Estrada da Cruz das Regateiras. A cruz a que se refere o nome está atualmente nas traseiras da igreja de Paranhos. Anteriormente estava num largo onde existia um posto de cobrança de impostos sobre os bens que entravam na cidade; as mulheres que traziam os seus produtos para vender no Porto eram conhecidas como regateiras porque discutiam, com os fiscais, o preço do imposto a pagar. Aliás, quando Costa Cabral deixou de ser ministro, os habitantes do Porto destruíram a placa que indicava o nome da rua.

O nome acabou por ser aceite e os vestígios da ruralidade desapareceram. Hoje a Rua de Costa Cabral é sobretudo uma zona de comércio, com lojas mais tradicionais, como mercearias ou uma loja que aluga trajes de cerimónia, até restaurantes e outros negócios ligados ao turismo.

Pontos de interesse

Nos cerca de 4 quilómetros que separam o Marquês e a Areosa, vários edifícios de épocas e estilos diversos que merecem um olhar mais atento:

  • 114 – Centro de Caridade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Edifício da autoria do arquiteto Luís Cunha, exemplo da renovação na arte religiosa nos anos 50.
  • 196 – O antigo Palacete do Lima é um edifício do século XIX que alberga a sede do Académico Futebol Clube, histórico clube da cidade que ainda hoje se mantém em funcionamento. Tem um bar aberto até ao público.
  • 220 – Antiga Fábrica de Tabaco A Lealdade. Este edifício destaca-se pelo tom amarelo vivo, mas também por uma enorme marquise em ferro.
  • Número 323 – Edifício modernista dos anos 40 onde funcionou o Cinema Júlio Dinis. É agora uma danceteria.
  • 716 – Casa-Museu Fernando de Castro – antiga habitação de um poeta e colecionador; possui uma importante coleção de pintura portuguesa e vários exemplos de talha dourada.
  • Ao longo da Rua de Costa Cabral existem vários edifícios residenciais datados do século XIX, muitos deles com fachadas revestida a azulejo, com pormenores que merecem atenção nas varandas, portas e janelas.
  • 740/760 – Bloco de Costa Cabral – Edifício residencial dos anos 50, da autoria do arquiteto Viana de Lima. Classificado como Imóvel de Interesse Público.
  • 1121 – Hospital Conde Ferreira – foi o primeiro hospital psiquiátrico em Portugal. Inaugurado em 1883.

Porto de Leixões
5 Setembro, 2018 / , ,

Um porto essencial para o país, um edifício marcante e premiado. O Porto de Leixões e o Terminal de Cruzeiros são essenciais para melhor conhecer o Porto e o Norte.

Sendo esta uma região atlântica e com uma localização estratégica, a chegada de mercadorias por via marítima foi, desde sempre, essencial para o desenvolvimento desta zona do país. Mas o mar está também ligado ao lazer e ao turismo e Leixões quer ser, cada vez mais, uma porta de entrada para quem chega ao Porto por via marítima.

O Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, inaugurado em 2015, marca uma nova era na história do Porto de Leixões: o número de barcos e de passageiros tem aumentado todos os anos (só este ano são esperadas 113 escalas e mais de 120 mil passageiros) e quem chega tem melhores condições de acolhimento.

O edifício é uma estrutura em espiral com 40 metros de altura, revestida de cerca de um milhão de azulejos brancos fabricados pela Vista Alegre. A sua silhueta única destaca-se na paisagem à beira-mar e desperta a curiosidade de quem passeia pelas marginais do Porto ou de Matosinhos. No interior, a luz natural e as linhas curvas tornam o espaço mais acolhedor. Foi o edifício do Ano 2017 na categoria de Arquitetura Pública para o website ArchDail.

O Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões foi considerado, pela Cruises News, como um dos melhores terminais do Mundo. Este edifício alberga também o Parque de Ciência e Tecnologias do Mar da Universidade do Porto e várias unidades de investigação com vocação marítima (da Biologia à Robótica. É também a sede do CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha da Universidade do Porto.

O Dia do Porto de Leixões

A 15 de setembro o Porto de Leixões abre as portas entre as 10h00 e as 19h00, com iniciativas para todas as idades. Para além de mostrar aos visitantes o dia-a-dia do porto, estão previstas visitas a embarcações e uma regata.

Avenida da Liberdade, Matosinhos

GPS: 41.190507246926, -8.6861515045166

Transportes públicos: Autocarro: STCP – 505, STCP – 507

Metro:  Linha A

www.apdl.pt

 

Visitas guiadas:

Domingos: das 9h30 às 12:00 e das 14:30 às 17:00

Bilhete normal: 5€; grátis para crianças até aos 12 anos; descontos para famílias,> 65 anos, estudantes.

Fontainhas – Um miradouro sobre o rio
3 Setembro, 2018 / ,

Muito procurada por altura das festas de São João, a zona das Fontainhas tem um encanto especial em qualquer altura do ano, graças à magnífica paisagem que dali se contempla.

Esta ampla alameda, bem perto da Ponte do Infante, é um local privilegiado para ver a paisagem do Douro, Vila Nova de Gaia e uma parte da cidade do Porto. Daqui poderá observar ainda quatro das seis pontes da cidade do Porto: Ponte Luís I, Ponte do Infante, Ponte Maria Pia e Ponte de São João.

As árvores e os bancos de pedra tornam este lugar perfeito para aproveitar a sombra nos dias mais quentes ou para contemplar o pôr-do-sol.

Se quiser aventurar-se, pode descer a íngreme Rua da Corticeira em direção ao Rio Douro. No caminho encontrará vestígios de uma antiga capela e de uma fábrica de cerâmica. Esta calçada foi durante séculos percorrida por mulheres que, vindas do cais junto ao Rio Douro, subiam a encosta carregando pesados fardos de carqueja, uma planta que era depois usada nos fornos das padarias do centro da cidade.

Esta é, ainda hoje, uma das zonas mais típicas da cidade, onde resistem fortes laços de amizade entre vizinhos.

Coordenadas GPS:  41.14251570487, -8.6002564430237

Forte de São João Baptista
3 Setembro, 2018 / , , ,

Também conhecida por Castelo de São João da Foz, esta fortaleza foi construída para proteger a cidade dos ataques de piratas e navios de países inimigos.

Erguido na margem direita da Barra do Douro, a génese deste forte foi a residência do bispo da Diocese de Viseu, elaborada segundo o projeto de um arquiteto italiano. Considerada a primeira manifestação de arquitetura renascentista no norte de Portugal, esta casa, bem como os edifícios adjacentes – como a Igreja de São João Baptista e capela-farol de São Miguel-o-Anjo, foi rodeada de muralhas no reinado de D. Sebastião (1567). A localização estratégica, fundamental para a defesa da cidade e da região, justificaria várias intervenções feitas ao longo dos anos, procurando evitar ataques de piratas e de navios provenientes das nações com quem Portugal esteve em guerra ao longo da sua História.

Quando a independência portuguesa foi restaurada após 60 anos de domínio espanhol (1580-1640), D. João I quis inteirar-se do estado das fortalezas nacionais e da necessidade de construir mais fortes. O engenheiro francês Charles Lassart foi enviado ao Porto para definir as obras necessárias no forte; foi decidido demolir a igreja e a residência, tornando a fortaleza mais segura. Depois de concluídas as obras, foi reforçada a presença de tropas no local. No século XVIII a fortaleza era descrita como tendo quatro baluartes, um revelim, 18 peças de artilharia, mas no final deste século concluiu-se que seria necessário reforçar a segurança, nomeadamente com a finalização do fosso e com a construção de duas baterias. Em 1798 foi também projetado um portal em estilo neoclássico, com ponte levadiça, que substituiu a primitiva porta de armas.

A evolução do armamento e da capacidade de defesa fez com que este forte fosse perdendo importância durante o século XIX. Em meados do século XX estava ao abandono, mas acabou por ser considerado Monumento de Interesse Público e nos anos 80 e 90 foi alvo de trabalhos de limpeza e consolidação.

Curiosidades:

No século XVI as obras foram pagas com a verba angariada pelo imposto sobre o sal.

Durante a Guerra Peninsular (1808-1814), a 6 de junho de 1808, o Sargento-mor Raimundo José Pinheiro ocupou as instalações do forte. Na madrugada seguinte fez hastear no seu mastro a bandeira portuguesa. Foi o primeiro ato de reação portuguesa contra a ocupação napoleónica.

Durante a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), protegeu, durante o cerco do Porto (1832-1833), o desembarque de mantimentos para as tropas liberais na cidade.

No século XIX serviu como prisão política

A poetisa Florbela Espanca, casada com um dos oficiais, viveu no forte no início dos anos 20

 

Coordenadas GPS: 41.148445879541, -8.6748862266541

Horário: de Segunda a sexta-feira 9:00-17:00

Pedro Abrunhosa
13 Agosto, 2018 / ,

É um dos grandes nomes da música portuguesa. Foi com o álbum “Viagens”, de 1994, que se deu a conhecer ao grande público, tendo aí conquistado o sucesso e o carinho de muitos que manteve até hoje através de, no total, 7 trabalhos de originais: a esse primeiro, que contou com a participação especial de Maceo Parker, saxofonista de James Brown, seguiram-se o “Tempo” (1996), “Silêncio” (1999), “Momento” (2002), “Luz” (2007), “Longe” (2010) e “Contramão” (2013). Nos primeiros 5 discos de estúdio, foi acompanhado pela banda ‘Bandemónio’; nos últimos 2, pelos ‘Comité Caviar’. Todas as músicas foram escritas e compostas por ele.

Ele é Pedro Abrunhosa. Nasceu em 1960, começou pelos estudos musicais clássicos, foi professor (a partir dos seus 16 anos) e contrabaixista de Jazz, tendo fundado a Escola de Jazz do Porto e a sua Orquestra. É conhecido por nunca largar os seus óculos de sol, mas principalmente por muitos sucessos dos últimos 25 anos da música portuguesa, como por exemplo “Tudo o que eu te dou”, “Momento”, “Se eu fosse um dia o teu olhar” – música composta para banda sonora do filme “Adão e Eva” de Joaquim Leitão – “Toma conta de mim” ou “Fazer o que ainda não foi feito”. As suas canções são interpretadas no Brasil por nomes como Caetano Veloso (que o convidou para apresentar um espectáculo em conjunto na Expo98), Maria Bethânia, entre muitos outros. Compôs também para outros músicos, como por exemplo Ana Moura, Carlos do Carmo ou Camané. Em 2004 foi um dos artistas que encerrou o Rock in Rio, que pela primeira vez se realizou em Lisboa. Para além dos 7 discos de estúdio lançou dois DVD’s: o “Intimidade”, em 2005, e o “Coliseu”, em 2011.

 

 

Para além de escritor de canções, Pedro Abrunhosa já contracenou com Chiara Mastroianni no filme de Manoel de Oliveira “A Carta”, de 1999, e é um habitual cronista em vários meios de comunicação social. Em 2005 fundou os BoomStudios, estúdios de gravação para si mesmo e para outros nomes da música nacional e internacional. Venceu vários prémios: 3 Globos de Ouro, o Prémio Bordallo de Imprensa, o Prémio SPA – ‘Pedro Osório’, 4 Prémios Blitz, entre outros. Em 2016, Pedro Abrunhosa, enquanto autor, foi responsável pelo cântico de apoio à Seleção Nacional de Futebol no Euro2016, em França, com uma adaptação da canção “Tudo o que eu te dou”. Mas Pedro Abrunhosa é também um homem de causas. E se hoje a cidade vibra com a programação cultural do Coliseu, está seguramente na memória dos Portuenses a imagem de Pedro Abrunhosa algemado às portas simbolizando a oposição da cidade à venda do espaço. Por isso e por tudo o mais, Pedro é um homem da cidade do Porto e o Porto é a cidade de Pedro Abrunhosa.

As duas imagens da Senhora da Luz
13 Agosto, 2018 / , ,

Antes do farol de São Miguel, que foi edificado em 1758 na Foz, terá existido no local uma capela dedicada à Senhora da Luz.

Segundo alguns estudos, na época pré-histórica aquele local teria um significado especial, como comprovam marcas feitas nas rochas. A referência à “Senhora da Luz” e à respetiva capela já surge em 1680. Seria uma construção simples, mas de grande importância para pescadores e marinheiros.

Bombardeada durante as guerras liberais, a capela seria destruída, mas do seu recheio foi salvo um altar com a imagem que está hoje na Igreja de São João da Foz do Douro. Esta imagem de Nossa Senhora invoca a luz, tão necessária para quem andava no mar. Enquadrada por talha dourada e adornada com imagens de anjos, a Senhora da Luz ainda hoje é venerada.

Na mesma igreja existe também outra imagem, com 30 cm de altura e feita em marfim, representando Nossa Senhora com Jesus ao colo. Apesar do seu reduzido tamanho, esta imagem, decorada com um manto bordado a ouro e pedras coloridas, destaca-se pela raridade e beleza de alguns detalhes. A imagem destinar-se-ia a ser transportada e beijada pelos fiéis em dias festivos.

Fonte: O Tripeiro 7ª Série, Ano XV número 9 Setembro 1996

Foz Velha
13 Agosto, 2018 /

Entre o Rio Douro e o mar, a chamada Foz Velha parece, por vezes, uma cidade à parte.

Habitada desde tempos pré-históricos, esta zona fértil para a agricultura e propícia à pesca foi, desde sempre, convidativa para que ali se instalassem pastores, pescadores e agricultores, mas também membros do clero.

No século XIX a Foz, que até aí não pertencia à cidade do Porto, passou a ser frequentada para atividades de lazer, sobretudo na época balnear.  As famílias mais abastadas construíram ali residências de verão e, aos poucos, a própria demografia foi sendo alterada, passando esta a ser a área mais nobre da cidade.

Passear pela Foz Velha é descobrir ruas estreitas e casas centenárias, mas também paisagens únicas e recantos onde por onde se espreita o mar.

O autor da página Porto a Penantes mostra-nos, através de imagens, toda a beleza da Foz Velha.

PortoaPenantes/

Um memorial feito de destroços
13 Agosto, 2018 / ,

 

No cemitério de Agramonte, na zona da Boavista, uma gigantesca arca preenchida com ferros queimados e retorcidos lembra uma das maiores tragédias da cidade.

Na noite de 20 de março de 1888, um violento incêndio destruiu completamente o Teatro Baquet, um edifício com duas entradas (pela Rua de Sá da Bandeira e Rua de Santo António, atual Rua 31 de janeiro). Nessa noite fatídica, a sala estava cheia e no palco representava-se uma ópera cómica. Numa mudança de cenário, um dos panos tocou na chama da iluminação a gás. Devido aos materiais,  à antiguidade do edifício e à inexistência de um plano de segurança, o fogo propagou-se rapidamente e 120 pessoas terão morrido nessa tragédia.

O incêndio levou a que fossem redobrados os cuidados com a segurança em todas as salas de espetáculo da cidade e, para que tal desgraça nunca mais fosse esquecida foi feito um memorial no Cemitério de Agramonte. O mausoléu, que ainda hoje intriga quem desconhece este episódio da história da cidade, foi feito com pedaços de ferro e tem no topo uma grande coroa de martírios, também em ferro.

Manuel de Novaes Cabral
13 Agosto, 2018 / , ,

Nascido em 1960 nesta cidade, é nela que exerce a sua vida profissional, excluindo o período em que foi chefe do gabinete do ministro Valente de Oliveira, em Lisboa. É a partir daqui que, desde novembro de 2011, lidera o conceituado IVDP, Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, o qual tem por missão fiscalizar, controlar e certificar a qualidade e a quantidade dos vinhos do Porto e do Douro, bem como promove-los e defender as respetivas denominações de origem.

Licenciado em direito e pós graduado em economia europeia pela Universidade Católica Portuguesa, desempenhou funções como diretor adjunto no saudoso jornal O Primeiro de Janeiro e foi assessor da Fundação de Serralves.

Mas antes de chegar ao IVDP esteve 8 anos como Diretor Municipal da Presidência da Câmara do Porto e muitos anos na Comissão de Coordenação da Região do Norte.

Voltando ao vinho, a sua ligação é profundamente familiar e também institucional, pois foi 4 anos Secretário-geral da Assembleia das Regiões Europeias Vitícolas e representou a Câmara do Porto na Great Wine Capitals. Essa ligação faz-se ainda através dos livros, gosto enraizado e devidamente cultivado; entre outros, publicou Aspects de la politique Vitivinicole des Régions d’Europe (3 vols., 2000 e 2001), Territórios do Vinho–Territories of Wine (1ª ed. EV, 2009; 2ª ed. Modo de Ler, 2010) e  Outros Territórios do Vinho-Other Territories of Wine (ed. Modo de Ler, 2012) e, claro, da sua frequente participação regular em jornais e revistas. Com o vinho como centro da atenção, mas com especial foco nos que a região do Douro nos proporciona.

Porque considera o vinho um elemento cultural, não prescinde de fazer constantemente essa ligação: apresentou este mês de Julho o livro Os Poemas da Minha Vida, o 23º volume de uma coletânea comentada de poemas, inserido numa coleção iniciada por Mário Soares e que inclui autores como Marcelo Rebelo de Sousa, Vasco Graça Moura ou Eduardo Lourenço.

São dele as sugestões sobre a cidade onde vive e que conhece bem. E que boas dicas aqui ficam.

 

restaurante: gosto muito de ir ao Ernesto, na Rua da Picaria. Concilia muito bem um ar antigo, com o cosmopolitismo da sua clientela. E as paredes cheias de memórias, com o bom gosto aconchegante do meu amigo Reinaldo, a par de uma cozinha honesta e irrepreensível.

 

 

bar: A Capela Incomum, no Carregal. O local, os amigos e a memória antiquíssima da frequência (sem qualquer sucesso) do antigo Conservatório…

passeio. O Porto não é uma Cidade romântica por natureza? Vamos fazer os Caminhos do Romântico!

 

– local ideal para beber um vinho do porto – O Vinho do Porto, só por si, à temperatura e no copo adequados, transforma qualquer local. Sugiro, naturalmente, o ambiente das Caves de Vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia.

 

 

 

segredo da cidade que podes revelar: o coração de D. Pedro, na Igreja da Lapa, cuja chaves são partilhadas pelo Provedor da respectiva Irmandade e pelo Presidente da Câmara do Porto – só acessível a alguns e em raríssimos momentos.

 

 

 

E sendo um bocadinho lúgrube: porque não cirandar pelos cemitérios do Porto, como as catacumbas de S. Francisco, ou ”conviver” com Camilo Castelo Branco ou Arnaldo Gama no cemitério da Lapa? E, se for aí, peça para ver a pistola com que Camilo se suicidou, em 1890, em S. Miguel de Seide

 

 

Uma última dica: não deixe de visitar uma das menos conhecidas e mais notáveis Casas do Porto, o antigo Banco Comercial do Porto, actual Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, na Rua Ferreira Borges, o que pode fazer com um copo de Vinho do Porto na mão.

CORTEJO DO TRAJE DE PAPEL NA FOZ DO DOURO
9 Agosto, 2018 / , , , ,

Os verões na zona mais ocidental do concelho do Porto têm anualmente uma animação cultural muito característica e peculiar – mas, sobretudo, única. De meados de junho a meados de setembro, a União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde recebe as Festas de São Bartolomeu, um conjunto de atividades que anima as ruas e une populações e visitantes.

O Cortejo do Traje de Papel é, reconhecidamente, o momento mais esperado das festividades, com uma história que ultrapassa já a centena e meia de anos e que na última década tem ganho especial relevo na cidade.

 

São meses de trabalho e preparação, com um foco permanente nas raízes, na história e nas estórias da região. A 2ª Invasão Francesa de 1809 e a Libertação da Cidade do Porto é o tema para o Cortejo do Traje de Papel em 2018, que decorrerá no dia 26 de agosto. São metros e metros de papel, cirurgicamente trabalhados por mãos dedicadas que mantêm vivo este momento festivo da cidade.

Só em figurantes, a edição deste ano conta com 350, oriundos de coletividades e associações da União de Freguesias, que se juntam às restantes centenas que visitam a Foz do Douro para viver esta experiência ímpar.

O formato atual tem 75 anos e integra um percurso que procura chegar aos principais centros nevrálgicos da história da Foz do Douro. O desfile de trajes inicia-se pelas 10h30 e passa pela Cantareira, rica pela sua tradição piscatória.

Depois da passagem inevitável pelo carismático Jardim do Passeio Alegre, espaço cúmplice de muitos intelectuais que preenchem a cultura da Foz do Douro e do Porto, o Cortejo prossegue até à Praia do Ourigo, na qual se realizam os Banhos de Mar, um dos momentos mais marcantes das Festas de São Bartolomeu.

Estes banhos estão repletos de tradição e lendas. Também conhecidos como “banhos santos”, estes mergulhos nas águas do Atlântico – sete, como manda a tradição – representam uma forma de agradecer os favores de São Bartolomeu no ano transato e de livrar e expurgar as maleitas ao longo dos próximos doze meses.

Os participantes da edição deste ano provêm do Bloco da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, da Associação de Moradores do Bairro Social da Pasteleira – Previdência, da Associação de Moradores do Bairro Social de Aldoar e do Orfeão da Foz do Douro.

Muitas são as personalidades da cidade e não só que se juntam a esta tradição, mostrando que a cidade é feita de todos e com todos, mesmo na mais popular das suas tradições.