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Guarany
14 Março, 2017 /

Inaugurado em 1933, o Guarany é um dos espaços míticos da cidade. Localizado na Avenida dos Aliados, é o local ideal para uma refeição sofisticada a qualquer hora do dia.

O Guarany surgiu na era dourada dos cafés portuenses, quando estes eram locais de convívio e de tertúlias, mas também ponto de encontro de homens de negócios. É dessa época o painel em alto-relevo com a representação de um índio da tribo Guarany, que remete para o próprio nome do café.

Em 2003 o espaço foi recuperado, tendo sido colocados em destaque dois painéis da pintora Graça Morais, “Os Senhores da Amazónia”.

Graças à sua localização privilegiada e à qualidade do seu serviço, é um local de visita obrigatória, quer seja para um pequeno-almoço requintado, quer para um almoço ou jantar

Avenida dos Aliados, 85/89, Porto

Aberto todos os dias das 9h00 às 24h00

Telefone: (351) 223 321 272

Bacalhau à Gomes de Sá
14 Março, 2017 /

Um prato inventado no Porto

O prato tem o nome do seu inventor e a fama desta iguaria portuense já ultrapassou fronteiras.

A receita do Bacalhau à Gomes de Sá foi inventada por  José Luís Gomes de Sá Júnior, (1851-1926), um negociante de bacalhau que tinha um armazém na Rua do Muro dos Bacalhoeiros, na Ribeira do Porto. Vendeu-a a um amigo, que era cozinheiro do Restaurante Lisbonense, na Travessa dos Congregados. Desde então a fama deste prato não parou de crescer e ainda hoje faz parte da ementa de vários restaurantes da cidade.

De acordo com a receita original, o bacalhau deve ser cortado em pequenas lascas, previamente amaciadas em leite durante cerca hora e meia a 2 horas. Depois deve ser cozinhado com azeite, alho e cebola e acompanhado com azeitonas pretas, salsa e ovos cozidos.

A fama deste prato chegou a outros países. No Brasil, é conhecido como “Bacalhau à Porto”. Em 1988, e para homenagear o criador desta iguaria, o Cônsul do Brasil no Porto mandou colocar uma placa na parede da casa onde este nasceu, na Rua do Muro dos Bacalhoeiros.

Onde comer: Restaurante Abadia, Adega São Nicolau, Porto.come,

Rua das Flores
14 Março, 2017 /

Rua das Flores

O charme histórico de uma rua que está na moda

Recentemente renovada, esta é uma das ruas mais trendy da cidade. Restaurantes, lojas tradicionais e edifícios históricos tornam a Rua das Flores imperdível para quem quer conhecer o verdadeiro espírito da cidade.

A Rua das Flores surgiu em 1521, por iniciativa de D. Manuel e nessa altura, talvez por ter muitas hortas, chamou-se Rua de Santa Catarina das Flores.  O objetivo era ligar o Largo de S. Domingos e a Porta de Carros, uma porta da muralha fernandina localizada no topo da atual Praça de Almeida Garrett.

Nos anos seguintes, instalaram-se ali alguns aristocratas da cidade. As moradias, assinaladas com brasões e decoradas com bonitas varandas, ainda hoje existem e constituem belos exemplares da arquitetura civil dos séculos XVII, XVIII e XIX. Imperdível é também a Igreja da Misericórdia, da autoria de Nicolau Nasoni e que possui uma das mais emblemáticas fachadas barrocas do Porto.

Esta rua é pedonal e, por isso, ideal para percorrer devagar, reparando em pequenos detalhes, como as caixas de eletricidade pintadas com expressões tipicamente portuenses ou as fachadas e montras das lojas tradicionais. Para além do comércio, tem também cafés e restaurantes, ideais para uma pequena pausa.

Curiosidades:

Muitos dos terrenos onde foi aberta a Rua das Flores pertenciam à Igreja e nas casas mais antigas ainda é possível ver símbolos dos forais que atribuíam a propriedade ao bispo e ao cabido: a roda de navalhas do martírio de Santa Catarina (nas que eram propriedade do bispo) ou a figura do arcanjo S. Miguel (símbolo da pertença ao Cabido).

Esta rua ficou também famosa por um crime ocorrido no século XIX: o médico Urbino de Freitas foi acusado de matar um sobrinho com amêndoas envenenadas, de forma a herdar a fortuna do sogro. Os presentes envenenados foram entregues na Rua das Flores e destinavam-se também a duas outras sobrinhas que ali residiam, mas que acabaram por sobreviver.

Uma amizade de séculos
14 Março, 2017 /

Uma amizade de séculos

É bem conhecida a influência dos ingleses na cidade por via do Vinho do Porto, mas a relação entre portuenses e britânicos é muito mais antiga.

O primeiro contacto terá acontecido em junho de 1147, quando os cruzados ingleses que se dirigiam à Terra Santa ficaram 11 dias no Porto à espera das forças comandadas pelo conde de Areschot e por Cristiano de Gistell, que se tinham separado da armada devido a um temporal. O primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques, ao saber deste facto, procurou estabelecer um acordo com os seus chefes, convencendo-os a ajudar na conquista de Lisboa aos mouros.

O relacionamento intensificou-se durante a Idade Média, com o estabelecimento de relações comerciais. Panos, vinho, madeira, peles e pescado eram os produtos transacionados entre os dois países.

A 2 de fevereiro de 1367 a Sé do Porto foi palco do casamento entre D. João I e D. Filipa de Lencastre, uma união que teve como contrapartida o apoio dos britânicos na luta com Castela.  Em 1642, dois anos após a restauração da independência de Portugal, o Porto recebe o primeiro cônsul britânico, Nicholas Comerforde

Cadeia da Relação vai ser Monumento Nacional
13 Março, 2017 /

Cadeia da Relação vai ser Monumento Nacional

O histórico edifício, que desde 2001 é a casa do Centro Português de Fotografia, vai ser classificado como Monumento Nacional.

A construção foi concluída em 1796 e desde então, o imponente edifício, situado em pleno Centro Histórico, bem perto da Torre dos Clérigos, já teve várias utilizações, tendo sido um tribunal, mas também uma prisão.

Foi nesta cadeia que o famoso escritor português Camilo Castelo Branco escreveu a sua obra mais famosa, “Amor de Perdição”, em 1861. O escritor cumpria pena por adultério e baseou-se na história do seu tio, Simão Botelho, que também ali tinha estado preso e que, tal como as personagens do livro, tinha vivido uma história de amor trágica e proibida, que o levaria à morte.

Pela cadeia passou também Zé do Telhado, uma espécie de Robin Hood do século XIX, que, segundo a lenda, roubava aos ricos para dar aos pobres.

A Cadeia da Relação foi reabilitada, num projeto da autoria dos arquitetos Eduardo Souto Moura e Humberto Vieira.

Cinema regressa à Baixa
13 Março, 2017 / ,

O Cinema Trindade, no centro do Porto, volta a receber espetadores, 16 anos depois do encerramento.

Com o aparecimento das grandes salas em centros comerciais, os tradicionais cinemas da Baixa perderem público e acabaram por fechar portas. Uma tendência que se inverte agora, com a reabertura do Cinema Trindade e outros projetos em curso.

Este imponente cinema foi inaugurado em 1916, com a designação de “Salão Jardim Trindade”. Para além de uma sala com mais de mil lugares, possuía um terraço para cinema ao ar livre. O novo espaço, que reabre agora, está adaptado aos novos tempos, com duas salas, separadas por um foyer: uma com 183 lugares, outra com 168. A primeira centra-se no cinema de autor e a outra será um espaço para festivais, programadores independentes ou ciclos de cinema.

Este regresso do cinema à Baixa terá o seu ponto alto quando o Cinema Batalha passar a acolher a futura Casa do Cinema, um local que, para além de exibir filmes, terá também um espaço para investigação. A abertura deverá acontecer em 2018. O Cinema Passos Manuel, junto ao Coliseu, será também modernizado.

Rua do Almada 412, Porto

 

fotos: Miguel Nogueira/CM Porto

O clube das “camisolas esquisitas”
11 Março, 2017 /

Campeão português em 2000/01, o Boavista tem uma história de mais de 100 anos. Fundado por britânicos, chamou a atenção nos anos 90. O equipamento axadrezado levou a que ficasse conhecido em Itália como “o clube das camisolas esquisitas”.

Os ingleses, que devido aos negócios do Vinho do Porto tinham uma grande comunidade na cidade, introduziram o futebol no Porto. O The Boavista Footballers foi fundado em 1903, mas poucos anos depois, um desentendimento quanto aos dias em que se deveriam disputar os jogos – os portugueses preferiam o domingo, os britânicos queriam jogar ao sábado – fez com que os súbditos de Sua Majestade deixassem o clube.

Já como Boavista Futebol Clube, teve um grande crescimento ao longo das décadas seguintes. O ponto alto seria a conquista do campeonato português em 2000/01, mas a participação nas provas europeias já acontecia há alguns anos. E foi em 1991/92 que, durante uma eliminatória da Taça UEFA com o Inter de Milão, surgiu a alcunha de “clube das camisolas esquisitas”, numa referência ao equipamento preto e branco axadrezado.

O Estádio do Bessa, remodelado para o Euro 2004, tem um museu com a história do clube, um passeio da fama e duas esculturas da autoria de José Rodrigues em que a pantera, símbolo do clube, está em destaque.

Associação Comercial do Porto – 181 anos de História
6 Março, 2017 /

Embora tenha sido oficialmente fundada em dezembro de 1834, a Associação Comercial do Porto tem origem que remontam ao século XII, altura em que o comércio e os comerciantes, sobretudo nas zonas costeiras, vão ganhando mais poder.

Ao longo dos séculos, devido à sua localização privilegiada e ao espírito empreendedor das suas gentes, a cidade do Porto adquire grande relevância, tornando-se numa importante praça financeira na Europa e no mundo. É nesta fase que surge a Bolsa Comum, criada pelos mercadores para cobrir riscos e prejuízos do envio das suas encomendas. Esta Bolsa foi confirmada em 1295 por D. Dinis e em 1402 por D. João I.

No entanto, até 1834 não existia qualquer organização de comerciantes com personalidade jurídica e capaz de dar resposta às necessidades dos empresários locais. Nesta altura, as reuniões, troca e recolha de informações, negócios e leilões tinham lugar na Juntina, situada na então Rua dos Ingleses. Após a revolução liberal de 1822 e a promulgação do Código Comercial, a Juntina foi a base da constituição da Associação Comercial do Porto, que é atualmente segunda Câmara de Comércio e Indústria mais antiga em Portugal Continental.

Sé do Porto: a joia da cidade
6 Março, 2017 / ,

A Sé do Porto começou a ser construída no século XII, mas ao longo dos séculos foi recebendo influências do Renascimento, Barroco e Rococó.

Só a arquitetura da Sé do Porto é suficiente para que seja considerada como uma das joias da cidade. Ao Gótico da construção inicial, visível no claustro e na Capela de São João Evangelista, junta-se o Maneirismo da Capela do Santíssimo Sacramento e seu altar de prata. O barroco do século XVIII está presente nos frescos da capela-mor e na sacristia, da autoria de Nicolau Nasoni, bem como nos azulejos do claustro.

O interior da Sé é um verdadeiro tesouro, com mobiliário de valor incalculável, onde se incluem mesas e lavatórios em mármores raros, as guarnições de espelhos, armários e um relógio de pau-preto em estilo Rococó.

No exterior, o Terreiro da Sé que é enquadrado pelos edifícios da Catedral, Casa do Cabido, Paço Episcopal e Casa da Câmara. É um dos miradouros privilegiados da cidade, já que dali é possível avistar a zona do Barredo, o Rio Douro e a cidade de Gaia.

Fernando Távora – O Mestre da “Escola do Porto”
3 Março, 2017 /

Foi um dos mais conceituados nomes da arquitetura portuguesa e o “pai” da chamada “Escola do Porto”.

Nascido no Porto a 25 de Agosto de 1923, no Porto, Fernando Távora pertencia a uma família conservadora, descendente da nobre linhagem dos Távoras. Os primeiros anos de vida foram passados nas propriedades da família, no Minho, na Bairrada e nas praias da Foz do Douro. Desde cedo mostrou grande aptidão para o desenho e muito interesse por casas antigas. Contrariando a vontade da família, que desejava que estudasse Engenharia Civil, inscreveu-se na Escola de Belas Artes do Porto, em 1941, para frequentar o Curso Especial de Arquitetura.

Foi professor em instituições como a Escola Superior de Belas Artes do Porto  (ESBAP), a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto  (FAUP) – que ajudou a instalar – e na Universidade de Coimbra. Fundador da chamada “Escola do Porto”, foi uma das grandes influências de outros grandes nomes da arquitetura nacional, como Siza Vieira.

Para além de várias obras que projetou, e que refletem criatividade, funcionalidade, mas também responsabilidade social, teve igualmente um trabalho notável na área da conservação do património.

Fernando Távora faleceu a 3 de Setembro de 2005.

Algumas das obras mais emblemáticas: 

  • Mercado Municipal de Santa Maria da Feira
  • Pavilhão de ténis e arranjos exteriores na Quinta da conceição, Matosinhos
  • Restauro e adaptação do Convento de Santa Marinha a Pousada, Guimarães
  • Plano geral de Urbanização de Guimarães
  • Remodelação e ampliação do Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto
  • Restauro e adaptação do Palácio do Freixo a Pousada, Porto
  • Casa dos 24, Porto