As escolhas de

Sugestões por Nuno Pestana Vasconcelos
13 Dezembro, 2019 / , ,

Nesta pequena grande cidade, tenho por hábito partir sem destino, indo à descoberta de um novo Porto.

Nos últimos anos o Porto tem sabido responder e reinventar-se, como consequência de um efeito crescente do turismo, ao apresentar uma cada vez maior e melhor oferta de espaços, serviços e de eventos. O suficiente para despertar em mim uma vontade constante de partir pela cidade. E muito por aí há para conhecer.

Parto a pé, por vezes sozinho, mas sempre acompanhado pela máquina fotográfica. Muito poderia propor dentro dos tradicionais e habituais circuitos para turistas, os must see que sempre encontramos nos mais variados guias e que são, de facto, a não perder, também neste meu Porto.

Para um fim de tarde, ou princípio de noite, o ponto de encontro tem sido invariavelmente a Capela Incomum. É um espaço inusitado por estar parcialmente dentro de uma antiga capela, com uma área interior acolhedora, ideal para estes dias mais frios, mas com uma pequena esplanada onde nos podemos reunir e assistir ao pôr-do-sol, assim o tempo o permita. A carta de vinhos é suficientemente rica e os amuse bouche ou tapas ajudam a manter uma boa conversa entre amigos, partindo depois pela cidade dentro.

O gosto e a paixão pela fotografia dão o mote para que a minha sugestão seja a descoberta do Porto numa óptica mais artística e estética. Tendo como ponto de partida os Aliados, rodeados por alguns edifícios de referência, com novos e luxuosos hotéis que despontam pela cidade, cafés históricos, edifícios que outrora acolheram bancos, a Câmara, etc, etc, facilmente podemos optar por uma qualquer direcção, que certamente não sairemos desiludidos.

A riqueza arquitectónica do Porto, da mais antiga à contemporânea, daria para sugerir dezenas de interessantíssimos circuitos na cidade.

As ruelas e caminhos estreitos, as escadarias, as calçadas, as ilhas, as praças, jardins, cafés, restaurantes, tascas e tabernas típicas, fazem todos parte deste imaginário mas que é tão real.

As igrejas, antigas salas de cinema, teatros, estações de comboio, comércio tradicional, numa miscelânea de estilos, de espaços, decoração e de vivências, todas contribuem para esta beleza ímpar de um Porto que já tem tanto de europeu, mas que teima em manter-se invicto e fiel às suas raízes e fortes tradições.

A zona envolvente da Igreja e Convento de São Bento da Vitória, da antiga Cadeia da Relação que acolhe o Centro Português de Fotografia, terminando no belíssimo Passeio das Virtudes são locais  incontornáveis por onde passo, que revisito e que recomendo.

Num plano diametralmente oposto mas reconhecendo o esforço que tem vindo a ser feito pela autarquia, ao promover uma zona menos nobre da cidade, o lado oriental, mas com um potencial incrível, sugiro algo que ainda poucos terão vivenciado: a Casa de São Roque. Esta belíssima casa, agora na posse da autarquia e recentemente restaurada e adaptada para acolher e expor arte contemporânea, é hoje um exemplar das casas da época no Porto, pela sua arquitectura e pelo seu belo jardim. É acima de tudo mais um espaço nobre na cidade, que agora surge numa zona que se quer tornar pujante e que certamente irá surpreender o Porto, suas gentes e turistas.

A não perder, ainda na zona de Campanhã, um espaço de artes – Mira Forum e o Espaço Mira, especialmente dedicados à fotografia, em que duas galerias nascem numa área onde antigos armazéns totalmente abandonados fazem agora parte integrante de um circuito cultural por onde passam algumas exposições e outros eventos que não podem ser ignorados.

 

 

Onde vamos sair hoje?
22 Novembro, 2019 / , , ,

A resposta a esta pergunta nem sempre é fácil para quem gosta de sair para dançar e gosta verdadeiramente de música.

Na maioria dos sítios ouve-se sempre a mesma música aonde não faltam os últimos sucessos da radio, música brasileira e o reggaeton.

Mas ainda existem alguns lugares, no Porto, onde a música nos faz viajar para outros tempos  e nos faz recordar aqueles momentos que nos foram especiais ou ainda espaços para  novas descobertas musicais e aonde nos podemos perder em novas  sonoridades.

Para recordar o Batô voltou com as noites do Baú (nas últimas quintas feiras do mês) onde o indie rock  que se ouvia  anos 80 e 90 volta a encher a pista de dança.

Para viajar no tempo o Griffon´s, agora na baixa do Porto,  volta  a apostar nas suas matinés agora aos sábados,  que foram  lendárias nos anos 80 e que ajudaram a criar um gosto musical a toda uma geração que o frequentou.

Para novas descobertas o Maus Hábitos, uma referência na cidade desde a sua abertura, no ano em que o Porto foi capital europeia da cultura, e com uma programação que aposta na descoberta das novas sonoridades.

Para nos perdermos na noite ao ritmo de novas sonoridades o Plano B, apesar de inconstante na sua programação a alternativa das duas pistas de dança assegura algumas noites memoráveis

Hoje, já não temos desculpa para não sair. Vamos dançar e viajar no tempo ou perdermo-nos nos ritmos e na descoberta das novas sonoridades.

As sugestões de Luís Pedro Martins
4 Fevereiro, 2019 / ,

Recentemente eleito Presidente do Turismo Porto e Norte, Luís Pedro Martins é licenciado em Design de Equipamento pela ESAD e pós-graduado em Marketing Management pela Porto Business School da Universidade do Porto.

 

O Hey Porto é hoje uma publicação imprescindível para quem visita o Porto. Como primeiro jornal para turistas veio direcionar as notícias para o target, traduzindo os seus textos, facilitando assim o acesso à informação.

Espero que possam em breve ampliar o âmbito de ação ao resto da região Norte de Portugal. Matéria não lhes faltará certamente, pois estamos a falar de uma das regiões mais belas do país, com experiências únicas, rica em gastronomia e vinhos, património cultural, tradições, natureza e um povo extraordinariamente acolhedor.

Respondendo ao inquérito que me dirigiram é difícil escolher apenas um restaurante da cidade do Porto e considerando as minhas novas funções, permitam-me que, pelo menos, indique mais alguns dos concelhos vizinhos. É importante referir que o Norte de Portugal tem centenas de bons restaurantes, prova disso são os muitos prémios conquistados pelos nossos restaurantes e Chefes, dos quais se destacam as mais recentes Estrelas Michelin.

Restaurantes

No Porto, pela gastronomia regional, sem dúvida a “Cozinha do Martinho”. Numa outra vertente, mais contemporânea, o Flow,  o “DOP”, o “Muda” o “Reitoria” e o “Xico Queijo”.

Em Vila Nova de Gaia o “Zé da Serra” e o “Ar de Rio”, neste último podemos desfrutar da melhor vista sobre a cidade do Porto.

Em Matosinhos, também pela gastronomia regional, “O Gaveto” e “A Marisqueira de Matosinhos”, entre dezenas de outros excelentes restaurantes deste concelho.

Bares

A Casa do Livro, o Hot Five e o Fé.

Locais

Serralves, Casa da Música, Palácio da Bolsa, Torre dos Clérigos, Livraria Lello, Sé Catedral, Paço Episcopal, MMIPO, Look at Porto, Parque da Cidade, Ribeira, Rua das Flores, Pontão da Praia do Molhe, Forte de São João Baptista e o Passeio das Virtudes.

Segredos escondidos

A Igreja de Santa Clara. Neste momento está em obras de recuperação e restauro, mas em breve os turistas nacionais e estrangeiros poderão conhecer este fantástico tesouro, ainda desconhecido inclusivamente por muitos portuenses.

A vista sobre o rio a partir da Muralha Fernandina.

Manuel Pinheiro
19 Setembro, 2018 / ,

O Presidente da Comissão Executiva da CVRVV – Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes gosta passear para descobrir a cidade onde nasceu. Apesar de ser um apaixonado pelos automóveis antigos, é a pé que gosta de percorrer o Porto.

Manuel Pinheiro nasceu em 1966 na Sé, uma das mais típicas freguesias do Porto e foi também na sua terra natal que estudou Direito na Universidade Católica. A Pós-Graduação em Administração foi feita no Collége d´Europe em Brugge, Bélgica, mas regressaria ao Porto para trabalhar.

É presidente da ANDOVI – Associação Nacional das Denominações de Origem Vitivinícolas, entidade que reúne as Regiões Demarcadas Portuguesas e membro do Conselho Consultivo do Instituto da Vinha e do Vinho. Foi vice-presidente do CEPV, Conselho Europeu Profissional do Vinho, membro do Conselho Interprofissional da CIRDD e do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto e secretário-geral da ANCEVE. É presidente da CVRVV desde 2000.

Os automóveis antigos são uma das suas paixões. “Gosto de trabalhar neles e de os conduzir com a calma que hoje, na azáfama do dia-a-dia, já não conhecemos”, revela. Em 1995 esta paixão levou-o a abrir, na Rua da Constituição, a Ascari (http://www.ascari.pt), que ainda hoje é a única livraria especializada em temas de automóveis, motos e técnica.

Nos seus tempos livres, o presidente da CVRVV também adora caminhar: “O Porto tem imensas opções para o caminhante. Seja o centro da cidade, a zona histórica com vielas e escadarias por descobrir, sejam as avenidas como a Boavista ou a Marechal Gomes da Gosta com imponentes moradias. Um dos percursos mais interessantes é a marginal do Douro, desde o centro histórico até às praias da Foz. São duas cidades numa só: o centro urbano e a zona da costa, antigamente local de veraneio dos portuenses e hoje uma zona residencial e de restaurantes excelentes”, aconselha.

Restaurante

O Porto tem cada vez mais oferta de comidas de todos os sabores e origens. Vamos portanto regressar a dois locais que preservam a gastronomia tradicional Portuense e cujas salas se enchem de clientes locais. O Morfeu Marginal, na rua do Ouro 400, quase sob a ponte da Arrábida, com ementa que varia todos os dias (não perca o cozido à sexta!) e a Cozinha do Martinho, no outro extremo da cidade, na Areosa (Rua de Costa Cabral 2598), que preserva uma ementa tradicional que seduziu o Anthony Bourdain na sua última visita ao Porto.

Bar

De copo na mão, de pé a conversar e a ver a cidade passar, o Aduela (Rua das Oliveiras, 36 ) é um bom ponto de encontro informal.

 Local/Passeio na cidade

Vá para o extremo menos turístico da cidade, em Campanhã, e faça a ecovia sobre o Douro que começa junto à Pousada do Freixo/Museu de Imprensa e vai até um ótimo local para almoçar com uma visita inesquecível, a Casa Lindo. Esta ecovia segue sempre sobre o rio, muito serena acompanhando as curvas da margem. Perfeito para um fim de tarde também.

Um segredo da cidade 

Todos os visitantes ao Porto passam pela Sé Catedral, edifício central da cidade datado do século XII. Se o visitante estiver na porta da Sé e olhar em frente com atenção, verá uma seta amarela marcada na pedra. Caminhe até essa seta e procure outra. Siga as setas pela cidade fora e diga-nos onde elas o levaram.

 Onde beber um vinho verde

Mesmo ao lado do Porto, Matosinhos, facilmente acessível a pé ou de metro, tem uma oferta imensa de restaurantes com peixe fresco a cada dia. É o ambiente ideal para provar o melhor da gastronomia Portuguesa com um ótimo Vinho Verde.

 

Manuel de Novaes Cabral
13 Agosto, 2018 / , ,

Nascido em 1960 nesta cidade, é nela que exerce a sua vida profissional, excluindo o período em que foi chefe do gabinete do ministro Valente de Oliveira, em Lisboa. É a partir daqui que, desde novembro de 2011, lidera o conceituado IVDP, Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, o qual tem por missão fiscalizar, controlar e certificar a qualidade e a quantidade dos vinhos do Porto e do Douro, bem como promove-los e defender as respetivas denominações de origem.

Licenciado em direito e pós graduado em economia europeia pela Universidade Católica Portuguesa, desempenhou funções como diretor adjunto no saudoso jornal O Primeiro de Janeiro e foi assessor da Fundação de Serralves.

Mas antes de chegar ao IVDP esteve 8 anos como Diretor Municipal da Presidência da Câmara do Porto e muitos anos na Comissão de Coordenação da Região do Norte.

Voltando ao vinho, a sua ligação é profundamente familiar e também institucional, pois foi 4 anos Secretário-geral da Assembleia das Regiões Europeias Vitícolas e representou a Câmara do Porto na Great Wine Capitals. Essa ligação faz-se ainda através dos livros, gosto enraizado e devidamente cultivado; entre outros, publicou Aspects de la politique Vitivinicole des Régions d’Europe (3 vols., 2000 e 2001), Territórios do Vinho–Territories of Wine (1ª ed. EV, 2009; 2ª ed. Modo de Ler, 2010) e  Outros Territórios do Vinho-Other Territories of Wine (ed. Modo de Ler, 2012) e, claro, da sua frequente participação regular em jornais e revistas. Com o vinho como centro da atenção, mas com especial foco nos que a região do Douro nos proporciona.

Porque considera o vinho um elemento cultural, não prescinde de fazer constantemente essa ligação: apresentou este mês de Julho o livro Os Poemas da Minha Vida, o 23º volume de uma coletânea comentada de poemas, inserido numa coleção iniciada por Mário Soares e que inclui autores como Marcelo Rebelo de Sousa, Vasco Graça Moura ou Eduardo Lourenço.

São dele as sugestões sobre a cidade onde vive e que conhece bem. E que boas dicas aqui ficam.

 

restaurante: gosto muito de ir ao Ernesto, na Rua da Picaria. Concilia muito bem um ar antigo, com o cosmopolitismo da sua clientela. E as paredes cheias de memórias, com o bom gosto aconchegante do meu amigo Reinaldo, a par de uma cozinha honesta e irrepreensível.

 

 

bar: A Capela Incomum, no Carregal. O local, os amigos e a memória antiquíssima da frequência (sem qualquer sucesso) do antigo Conservatório…

passeio. O Porto não é uma Cidade romântica por natureza? Vamos fazer os Caminhos do Romântico!

 

– local ideal para beber um vinho do porto – O Vinho do Porto, só por si, à temperatura e no copo adequados, transforma qualquer local. Sugiro, naturalmente, o ambiente das Caves de Vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia.

 

 

 

segredo da cidade que podes revelar: o coração de D. Pedro, na Igreja da Lapa, cuja chaves são partilhadas pelo Provedor da respectiva Irmandade e pelo Presidente da Câmara do Porto – só acessível a alguns e em raríssimos momentos.

 

 

 

E sendo um bocadinho lúgrube: porque não cirandar pelos cemitérios do Porto, como as catacumbas de S. Francisco, ou ”conviver” com Camilo Castelo Branco ou Arnaldo Gama no cemitério da Lapa? E, se for aí, peça para ver a pistola com que Camilo se suicidou, em 1890, em S. Miguel de Seide

 

 

Uma última dica: não deixe de visitar uma das menos conhecidas e mais notáveis Casas do Porto, o antigo Banco Comercial do Porto, actual Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, na Rua Ferreira Borges, o que pode fazer com um copo de Vinho do Porto na mão.

As sugestões de Jorge Curval
13 Março, 2018 /

Nascido no Porto em 1958, Jorge Curval já participou em exposições individuais e coletivas em Portugal e em países como Grécia, Brasil, França e Espanha. Os seus locais favoritos do Porto refletem o amor pela arte, mas também a constante procura pela inovação deste artista que é também professor e, sobretudo, um apaixonado pelas coisas boas da vida.

Jorge Curval frequentou a Faculdade de Belas Artes do Porto e desde meados dos anos 80 que as suas obras têm sido expostas em galerias e eventos dentro e fora de Portugal. Com trabalhos em coleções públicas e privadas, tem dedicado uma parte da sua carreira à partilha de conhecimentos.

Desde 1997 leciona a cadeira de Artes Plásticas da Faculdade Sénior, no Porto. Entre 2001/2004 lecionou as oficinas de artes plásticas no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto. Responsável pelos Workshops de Pintura no Museu Centro Memória de Vila do Conde e no Palácio das Artes Fundação da Juventude do Porto. Pintor, escultor, designer e bon vivant, Jorge Curval sugere a visita a locais do Porto onde a arte está muito presente, mas sem esquecer espaços ao ar livre para desfrutar da tranquilidade e da paisagem.

Bar:

No verão, o Base, pelo ambiente heterogéneo dos seus clientes, pelo seu bom ar, por nos fornecer puro oxigénio, sendo ao ar livre, e pela música.

No Inverno, o Bonaparte na Baixa, pela decoração acolhedora e heterogeneidade de pessoas, com uma mistura de várias faixas etárias e países de origem.

Restaurante:

Digby, no Hotel Torel Avantgarde, porque além de me sentir em casa desfruto de uma vista única de contemplação sobre o rio e foz do Douro e de uma gastronomia cuidada agregada aos sabores de todo o mundo.

Passeio na cidade:

Desfrutar e andar no parque da Cidade, tendo frentes diversificadas de terra, mar e bosque. É sem dúvida um dos mais completos parques do mundo.

Estátua:

O Desterrado, no Museu Soares dos Reis. É uma peça exemplo da escultura do Romantismo Português, com a qual convivi durante 3 anos enquanto orientador de oficinas de artes plásticas neste Museu.

Pintura:

Instrumento de música 1915-16, de Amadeu de Souza Cardoso da coleção particular do Museu Nacional de Soares dos Reis.

Monumento:

Teatro Nacional de São João, pela traça clássica e bem recuperada. É para mim um ex libris da cidade. Não descurando a casa da Música e Serralves.

Um segredo da cidade: 

Situado nas traseiras do Palácio da Justiça, o Jardim ou Horto das Virtudes desenvolve-se em socalcos, permitindo uma excelente perspetiva sobre o rio Douro e a imponente Alfândega do Porto. É um jardim pouco conhecido e visitado, sempre que o visito, sinto que ele é como um segredo na cidade.

 

Um dia no Porto com: Susana Ribeiro
6 Fevereiro, 2018 / , ,

Autora do blogue Viaje Comigo (www.viajecomigo.com), Susana Ribeiro tem passado os últimos anos a viajar pelo mundo. Mas é ao Porto, onde vive, que regressa sempre e, como pode ver pelas suas sugestões, esta é uma cidade que continua a surpreendê-la. Conheça as sugestões de Susana Ribeiro para um dia inesquecível no Porto.  

 

Pequeno-almoço

O Carvalhido é a área que reúne algumas das melhores confeitarias da cidade do Porto. A Nova Real é uma delas e o local perfeito para começar o dia com um pequeno-almoço com pães e pastelaria muito fresca. Como lá é tudo bom, dos salgados  aos doces, é difícil sugerir o que quer que seja. Olhe para as montras e delicie-se, mas aviso que a escolha não vai ser fácil.

 

 

Café ao meio da manhã

Não tomo café. Quando estou em viagem até me dizem, em jeito de brincadeira, que devo ser a única portuguesa, no mundo, que não bebe café. Mas, se for para um chá, a meio da manhã, podia ser na Tavi com vista para o mar, na Foz. E com um docinho a acompanhar.

 

 

Umas compras 

Quem diz compras, diz ver umas montras. E pode ir passear pela Rua Miguel Bombarda, onde tem o Centro Comercial Miguel Bombarda, com diversas lojas diferentes, e dezenas de galerias de arte para visitar. Aqui perto está também o Palácio de Cristal, que vale muito a pena para um passeio, se o tempo estiver convidativo.

 

Almoço

Ao almoço… uma francesinha! Assim tem o dia todo para queimar as calorias a mais. A Rua Passos Manuel já é chamada a rua das francesinhas, de tantas que são as casas que as servem… e o petisco também já se alastrou para a Praça dos Poveiros. Como toda a gente tem uma opinião diferente sobre qual a melhor francesinha, deixo ao vosso critério… Mas, se me pedem para escolher: as do Lado B são muito boas.

 

Umas compras

Na Rua de Guedes de Azevedo, 123, a Mercado Loft Store é uma perdição para quem gosta de artigos de decoração e com peças muito bonitas – que dão prendas muito originais.

 

Jantar

Depois das compras e de uma caminhada no calçadão da Foz, abre-se o apetite para o jantar. Mas, qual escolher? Sugiro o Wish (Largo Igreja da Foz) com comida tradicional e sushi ou o BH Foz (Avenida do Brasil) – que serve de tudo um pouco e fica de frente para o mar.

 

Copo

Hoje em dia, a noite na Baixa do Porto é muito passada nas ruas, mas quando está frio entro no bar Gin House: com bom ambiente e à semana muito tranquilo.

 

Dançar

Há pouco tempo descobri o bar da Embaixada Lomográfica do Porto (perto da praça Carlos Alberto) e o Garden’s (na travessa de Cedofeita). Ambos dão para conversar e para dançar.

O Porto de Catarina Beirão
15 Janeiro, 2018 / , ,

Tem 17 anos e as praias do Porto e Matosinhos são quase uma segunda casa para esta promissora surfista portuguesa e campeã regional feminina na categoria sub-18. A paixão pelo surf surgiu há cinco anos e já a levou a muitas praias nacionais e estrangeiras, mas é no Porto que estão alguns dos seus locais favoritos.

A atleta do Surf Club do Porto não esconde a sua paixão pelo mar e pelas praias do Porto, partilhando com os leitores do Hey Porto algumas das suas sugestões para dias bem passados na cidade.

 

Bar: Bonaparte, Avenida Brasil

Gosto do ambiente. Gosto porque é um bar tradicional na zona onde sempre vivi, por ter uns pregos ótimos, e porque vou lá com família e com amigos.

 

Restaurante– Picaba – Edifício Transparente- Comida saudável, em frente ao mar e à praia onde comecei a fazer surf. Os empregados conhecem-nos e fazem-nos sentir em casa. Tem um menu Surf e porque, por mais vezes que lá vá, nunca me canso.

 

Passeio: marginal da foz até à Ribeira – passear para mim tem que ser ao pé de água, e idealmente a ver o mar. Tenho a sorte de viver numa zona única do Porto, quase em frente ao mar, o que me faz fazer este passeio com muita regularidade. Um passeio que nunca se repete, porque o especial do mar é que nos faz sempre vê-lo de forma distinta. Há um cheiro inconfundível da maresia, e até nos dias de nevoeiro e frio a “ronca” (som proveniente do farol para avisar os barcos em dias de nevoeiro) torna este passeio único.

 

Local ideal para fazer surf: praia da Maceda (Ovar, Aveiro)

Adoro o acesso pelo meio da floresta e as falésias que constituem a praia. Parece mesmo um spot de sonho de surf!

 

Um segredo da cidade: Jardim das Virtudes – já foi menos conhecido… mas continua a ser um local com alguma magia. Lembro-me da primeira vez que lá fui e percebi a vista maravilhosa que este jardim tem. Uma vista para o nosso rio Douro e, ao mesmo tempo em plena Baixa, com o tribunal e o jardim da Cordoaria atrás. Não tenho dúvidas de que sempre que alguém lá vai pela primeira vez fica surpreendido por ter uma das vistas mais bonitas da nossa cidade.


As sugestões de Joaquim de Almeida
6 Novembro, 2017 / , , ,

Com uma carreira de quase 40 anos e mais de 100 filmes e séries de televisão, Joaquim de Almeida é o ator português mais famoso em todo o mundo. Vive nos EUA, onde se desenvolve a maior parte da sua carreira, mas passa alguns períodos do ano em Portugal.

Nasceu em Lisboa em março de 1957, sendo o sexto de oito filhos de um casal de farmacêuticos. A sua carreira, contudo, viria a ser outra e, ainda muito jovem, optou por seguir a profissão de ator. Quando o Conservatório de Lisboa foi temporariamente fechado, devido à agitação causada pela revolução do 25 de abril, mudou-se para Viena para continuar a estudar. Nessa altura chegou a trabalhar como jardineiro.

Em 1976 foi para Nova Iorque para estudar representação com Lee Strasberg, Nicholas Ray e Stella Adler, enquanto trabalhava num bar. O seu primeiro papel de relevo surgiu em 1981 no filme “”The Soldier”, mas seria “Good Morning Babylon” a lançá-lo numa carreira internacional que, desde então, ainda não parou. Trabalhou com atores e realizadores como Harrison Ford, Gene Hackman, Antonio Banderas, Robert Rodriguez, Steven Soderberg, Benicio del Toro ou Kiefer Sutherland.

Aos papéis como ator convidado em séries como “CSI Miami” ou “Bones” – onde despenhou muitas vezes o papel de vilão latino – somou participações regulares em temporadas de outras, como “24”, “Queen of the South” ou “Training Day”. Simultaneamente, continuou a trabalhar com realizadores e atores portugueses, tendo alcançado sucessos de bilheteira e conquistado vários prémios e distinções.

Melhor bar

Numa vertente mais cultural, Os Maus Hábitos. Para sair tarde pela noite fora, em qualquer dia da semana, a Casa Do Livro

Melhor Restaurante

É difícil escolher um. Assim, vão três: O Oficina do chefe Marco Gomes ou o LSD do chef João Lupo e também o menos conhecido Paparico, talvez o maior segredo para comer bem no Porto

Sítio Romântico e Passeio

Subir o Douro no barco que foi construído para os 60 anos de Reinado da Rainha Isabel de Inglaterra. Passar duas noites nuns quartos acolhedores e usufruir de um serviço de primeira. Em Setembro e Outubro é a melhor altura para o fazer.

Segredo da Cidade

É a vista que se tem a partir do espaço da Cooperativa Árvore. Que lindo que é ver o Douro dali, passar a tarde entre um vinho e um petisco…Bem perto do centro e, mesmo assim, ainda tão desconhecido dos portuenses.