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ESSÊNCIA DO VINHO DE REGRESSO
8 Fevereiro, 2019 / ,

Realizado pela primeira vez em 2004, ESSÊNCIA DO VINHO – PORTO é uma organização da Essência do Vinho e Revista de Vinhos, em parceria com a Associação Comercial do Porto que se realiza uma vez mais no Palácio da Bolsa nos dias 21 a 24 de Fevereiro. A última edição do evento recebeu cerca de 20.000 visitantes, 35% dos quais estrangeiros.

Promovido desde 2004, este evento é considerado como a principal experiência do vinho em Portugal, colocando em prova milhares de referencias de todo o mundo e promovendo um programa que inclui dezenas de atividades cuidadosamente planeadas para oferecer uma experiência única a todos os que nele participam, desde os produtores aos profissionais e consumidores

Nesta 16ª edição, os participantes vão poder descobrir e surpreender-se com a prova livre de mais de 3.000 vinhos de 400 produtores, de todas as regiões vitivinícolas portuguesas e internacionais, num dos destaques da programação que permite estabelecer ou desenvolver contactos com os principais intervenientes do setor e conhecer os bastidores da produção.

Serão quatro dias dedicados ao conhecimento e ao despertar de sentidos, com rótulos raros e exclusivos apresentados por especialistas de renome convidados em masterclasses, provas comentadas, harmonizações enogastronómicas, partilha de experiências e degustação de petiscos, numa atmosfera descontraída.

Entre as masterclasses e provas comentadas, destaque para a Grande Prova “TOP 10 Vinhos Portugueses – Revista de Vinhos”, que vai reunir uma seleção dos vinhos mais bem pontuados por um prestigiado júri internacional da Revista de Vinhos no Salão Árabe do Palácio da Bolsa. Constituído por jornalistas, críticos de vinhos e sommeliers, o painel vai eleger os melhores vinhos brancos, os melhores vinhos tintos e os melhores vinhos fortificados.

ESSÊNCIA DO VINHO – PORTO realiza-se dia 21 de fevereiro das 15h às 20h, dias 22 e 23 das 15h às 21h e dia 24 de fevereiro das 15h às 20h, numa organização da Essência do Vinho e Revista de Vinhos, em parceria com a Associação Comercial do Porto. Já é possível a compra antecipada de bilhetes para o ESSÊNCIA DO VINHO – PORTO já está disponível em:

www.essenciadovinhoporto.com/pt/informacoes-uteis.

A entrada de um dia tem o valor de 20€ e inclui copo de provas Riedel.

No local e nos dias de realização do evento, a mesma entrada terá o custo de 25€.

 

As sugestões de Luís Pedro Martins
4 Fevereiro, 2019 / ,

Recentemente eleito Presidente do Turismo Porto e Norte, Luís Pedro Martins é licenciado em Design de Equipamento pela ESAD e pós-graduado em Marketing Management pela Porto Business School da Universidade do Porto.

 

O Hey Porto é hoje uma publicação imprescindível para quem visita o Porto. Como primeiro jornal para turistas veio direcionar as notícias para o target, traduzindo os seus textos, facilitando assim o acesso à informação.

Espero que possam em breve ampliar o âmbito de ação ao resto da região Norte de Portugal. Matéria não lhes faltará certamente, pois estamos a falar de uma das regiões mais belas do país, com experiências únicas, rica em gastronomia e vinhos, património cultural, tradições, natureza e um povo extraordinariamente acolhedor.

Respondendo ao inquérito que me dirigiram é difícil escolher apenas um restaurante da cidade do Porto e considerando as minhas novas funções, permitam-me que, pelo menos, indique mais alguns dos concelhos vizinhos. É importante referir que o Norte de Portugal tem centenas de bons restaurantes, prova disso são os muitos prémios conquistados pelos nossos restaurantes e Chefes, dos quais se destacam as mais recentes Estrelas Michelin.

Restaurantes

No Porto, pela gastronomia regional, sem dúvida a “Cozinha do Martinho”. Numa outra vertente, mais contemporânea, o Flow,  o “DOP”, o “Muda” o “Reitoria” e o “Xico Queijo”.

Em Vila Nova de Gaia o “Zé da Serra” e o “Ar de Rio”, neste último podemos desfrutar da melhor vista sobre a cidade do Porto.

Em Matosinhos, também pela gastronomia regional, “O Gaveto” e “A Marisqueira de Matosinhos”, entre dezenas de outros excelentes restaurantes deste concelho.

Bares

A Casa do Livro, o Hot Five e o Fé.

Locais

Serralves, Casa da Música, Palácio da Bolsa, Torre dos Clérigos, Livraria Lello, Sé Catedral, Paço Episcopal, MMIPO, Look at Porto, Parque da Cidade, Ribeira, Rua das Flores, Pontão da Praia do Molhe, Forte de São João Baptista e o Passeio das Virtudes.

Segredos escondidos

A Igreja de Santa Clara. Neste momento está em obras de recuperação e restauro, mas em breve os turistas nacionais e estrangeiros poderão conhecer este fantástico tesouro, ainda desconhecido inclusivamente por muitos portuenses.

A vista sobre o rio a partir da Muralha Fernandina.

IGREJA DOS GRILOS – MUSEU DE ARTE SACRA E ARQUEOLOGIA
4 Fevereiro, 2019 / , , ,

Igreja de S. Lourenço ou Igreja dos Grilos, uma visita a não perder e com uma vista panorâmica sobre o rio Douro, a Invicta e a margem de Gaia

Um passeio a pé pelo centro da cidade com destino à Sé do Porto é um roteiro habitual dos turistas que visitam a invicta. Descobrir a baixa da cidade é uma aventura. À medida que caminhamos pelas ruas estreitas da cidade antiga vamos descobrindo os seus segredos e as suas curiosidades.

Convidamos hoje o turista a aventurar-se pelo Bairro da Sé adentro. A Sé, imponente, é o ponto de partida para a nossa aventura. Logo a poucos metros, num beco que parece não ter saída, surge a Igreja de S. Lourenço, mais conhecida por Igreja dos Grilos que, em conjunto com o Colégio homónimo, está classificada como Monumento Nacional.

Começou a ser edificada pelos jesuítas no século XVI e só foi terminada no século XVIII. Se a maioria das Igrejas ostenta uma riqueza e opulência muitas vezes exagerada, a Igreja dos Grilos surpreende pelas suas linhas simples que deixam as paredes desnudas e sem adornos.

Na Igreja destacam-se o lindíssimo altar de Nossa Senhora da Purificação, o fantástico órgão com 1500 tubos que, segundo os registos foi construído em finais do séc. XVIII e o presépio, uma construção única, datado do século XVIII e cuja autoria é atribuída a Machado de Castro. Na altura do Natal, a par da tradição de tantas outras igrejas da cidade, é possível apreciar este raríssimo presépio composto por largas dezenas de figuras e que é colocado logo à entrada do monumento.

A Igreja dos Grilos, apesar de correctamente se designar por Igreja de S. Lourenço, foi inicialmente a Igreja e o Colégio dos Jesuítas. Com a extinção e expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal, no século XVIII, a Igreja é doada à Universidade de Coimbra e mais tarde comprada pelos Frades Descalços de Santo Agostinho, que por terem a sua residência principal em Lisboa, na Calçada dos Grilos, eram vulgarmente chamados por Padres Grilos. E é assim, que se começa a chamar a esta Igreja, a Igreja dos Grilos, e apesar de estes já aí não residirem.

O Museu de Arte Sacra e Arqueologia do Porto – com acesso por uma porta contígua à esquerda da Igreja – expõe uma coleção de peças interessantes desde a estatuária de santos, à ourivesaria religiosa e outras peças litúrgicas. É também aqui no Museu que, da magnífica varanda, se pode ter uma vista ímpar sobre o Porto e Gaia e sobre o rio Douro. Uma vista deslumbrante que não poderá perder!

Robalo de Fricassé – Chef Emídio Concha de Almeida
21 Janeiro, 2019 /

Neste Novo ano de 2019, em que se comemora os 500 anos da primeira viagem de circum-navegação, resolvi apresentar um prato de cozinha de fusão.

O prato que vos trago nesta edição é uma mistura de amores. Vivo em Espinho terra de excelente peixe desde o Robalo, Sardinha, Carapau, etc.

O Robalo fresco capturado em águas como as portuguesas, possui a gordura exata, textura perfeita e um sabor inconfundível. Ao magnífico peixe juntamos o Açafrão,

O açafrão é extraído dos estigmas de flores de Crocus sativus, e foi trazido para a Europa pelos portugueses e hoje faz parte da chamada e reconhecida, Cozinha Mediterrânica.

O molho fricassé tem por base o limão e as gemas que serve precisamente para engrossar o caldo onde é confecionado o peixe.

Robalo de Fricassé

4 tranches de Robalo

1 cebola picada

2 dentes de alho picados

Azeite q.b.

Sal

Pimenta preta

50 ml de vinho branco

250 ml de água

1 gema de ovo

Sumo de 1 limão

1 colher de café de açafrão das Índias

Salsa picada

Num tacho alourar a cebola e os alhos picados em azeite. Dispor as tranches de Robalo sobre a cebola e temperar com sal e pimenta. Adicionar o vinho branco e deixar refogar por uns minutos. Juntar a água, retificar os temperos e tapar o tacho. Apurar por uns quinze minutos ou até o Robalo estar cozido.

Numa taça mistura-se a gema de ovo com o sumo de limão e o açafrão das Índias. Logo que o Robalo esteja cozido, retira-se do tacho e ao molho junta-se a mistura de ovo e limão. Mexe-se bem, volta a pôr-se o Robalo no tacho e polvilha-se com a salsa picada.

Servir com puré de batata ou batata cozida.

As Sugestões de Fernando Vaz
15 Janeiro, 2019 / ,
  1. Restaurante

Euskalduna.

Nasceu há dois anos. O Euskalduna. Um restaurante fora do espaço e do tempo. Naquele balcão aonde o amor é servido em forma de boletos ou ovas de peixe-galo. Com ervas, raspas e reduções. Texturas e sabores. Elementos. Sucos. Aromas. A xara e a cavala, gamba e pombo parecem saídos de uma fábula. E a rabanada que encerra a refeição é uma metáfora que nos recorda que o que é perfeito não precisa de nada. É através de pequenas insignificâncias que o Vasco viaja em busca da perfeição. Num caldo de frango fumado para temperar uma lula. Numa gema a baixa temperatura para tornar sublime um boleto laminado. Num suco de carabineiro que dá um toque divino a uma açorda de gambas. Na goma dum bago de arroz carolino. Ou naquele pão que o Rui amassou.A repetir para os que lá foram. A descobrir para quem se encanta com a elegânc ia da boa comida e ainda não encontrou o melhor destino para esse fim na mui nobre e invicta cidade do Porto

  1. Passeio

O Porto verde. No Parque. Podia ser no da Cidade. Escutando por entre plátanos e choupos o murmúrio de Nick Cave a empurrar o céu. Ou em Serralves. Percorrer a Clareira das Azinheiras com Richard Serra. Atravessar a Alameda com Claes Oldenburg. Contemplar o céu no Roseiral com Anish Kapoor e o Sky Mirror. Sentir o afago da luz no Lago e no Prado. E acabar na Casa de Chá para como Lou Reed beber sangria no Parque e cantar “Oh It’s such a perfect day, I,m glad I spent it with you”.

 

 

 

  1. Exposição

Miró de regresso a Casa. Em Serralves. Algumas obras da colecção do Estado português encontram quadros da colecção das Fundações Miró e Mapfre.  Uma exposição focada no período que antecedeu a grande retrospectiva de Miró no Grand Palais, em Paris no ano de 1973. Tensão e raiva na morte da pintura. Criação e destruição. Quadros dilacerados. Queimados. Assassinados. Morrer para renascer, para se reinventar. Novos materiais. Ready made art. Sacos, baldes, caixas de vinho. Algumas obras que já não eram exibidas há perto de quarenta anos. E os Sobreteixims que já conhecemos de   “Materialidade e Metamorfose”. “Miró e a Morte da Pintura”. Mais uma grande exposição em Serralves. À sua espera até 3 de Março.

Porto – Dois Locais a Visitar
14 Janeiro, 2019 / ,

PONTO 1: CAPELA FAROL S.MIGUEL O ANJO

O Farol-Capela de São Miguel-O-Anjo foi o primeiro farol construído de raiz em Portugal e uns dos primeiros de todo o mundo. Foi edificado em 1527 na zona da Cantareira, por encomenda de D.Miguel da Silva – Embaixador do Rei junto do Papa, Bispo de Viseu e Abade Comendatário do Mosteiro de Santo Tirso.

As influências vividas e trazidas da sua estadia em Itália inspiraram a construção daquele que é considerado o primeiro edifício renascentista português. Tal como o Panteão de Roma, a capela do farol apresenta uma planta centralizada, onde o espaço sagrado se situa no ponto central do espaço. Originalmente o farol estava embutido nos rochedos do rio Douro mas no final do século XIX foi cercado pela construção do novo molhe.

Ainda que presentemente esteja fechado ao público devido ao seu mau estado de conservação, vale a pena visitar este monumento e o seu contexto. Ver ao fundo a linha do mar, imaginar todo o trânsito que por lá passou ao longo dos séculos e ler de perto a inscrição na parede de pedra que vai resistindo à erosão dos tempos.

O farol aguarda agora obras de requalificação que irão incluir uma exposição própria sobre a história do monumento.

 

 

PONTO 2: MIRADOURO DE SANTA CATARINA

O miradouro de Santa Catarina é, simultaneamente, o largo da Capela de Santa Catarina e Senhora dos Anjos, lá no alto da freguesia de Lordelo do Ouro. O largo de dimensão acolhedora é circundado por um muro de pedra que nos protege da escarpa e nos convida a aproximar.Aqui somos invadidos pela ampla vista para o estuário do rio Douro. Ao alcance está grande parte da margem sul do Douro, o jardim do Calém, a ponte da Arrábida, o verdejante Parque da Pasteleira e o casario até ao mar. Ao debruçarmo-nos sobre o muro podemos contemplar a topografia que desce em socalcos ou espreitar os pátios e jardins das famílias vizinhas.

 

O largo foi recentemente requalificado e a capela encontra-se também em bom estado. Na despojada fachada branca destacam-se as figuras em azulejo de Santa Catarina e da Senhora dos Anjos. A capela abre aos sábados para celebração da missa às 17h. A visita pelo fim-da-tarde permite admirar o bonito pôr do sol.

 

Noite no Porto
10 Janeiro, 2019 / , ,

Necessário é começar esta jornada com a barriga forrada. Criar uma muralha que se dispõe a proteger-nos das agressões que nos estamos prestes a sujeitar. Para

isso, não há melhor que uma francesinha. O local? O Requinte, ainda em Matosinhos, que promete proteger todos aqueles que se aventuram no Porto.

A noite é um crescendo, e, se jantamos em Matosinhos é necessário começar a subir a Avenida da Boavista onde, a meio dela, é obrigatório fazer uma pit stop no Bar 1900, no Foco. O ambiente jovem e a mística que o cobre, são sinais de um futuro promissor. Aí, bebe-se cerveja, minis geladas, ou cocktails brilhantemente preparados pelo seu dono: o Martins, como por todos é conhecido.

No entanto, isto é só um warm-up. Quando começam a soar as dozes badaladas e os sinos reconhecem a viragem do dia, é tempo de nos fazermos ao mar e continuar a subir a Boavista em direção à Baixa do Porto. Aí, o mundo começou. Adega Sports, Adega D.Leonor e o 77 são os pontos de paragem obrigatória. Também, esses locais não são eternos e quando o seu fecho se começa a tornar previsível chega a hora das indecisões: dar um pézinho de dança ou “partir” uma noite. Para quem está disposto a tornar a sua noite épica, na minha opinião, só há um local a ir: Bôite. Espaço refinado, cantos de muitas histórias, onde somos bem servidos e bem recebidos, com a música da voga e um ambiente de loucura mais ou menos generalizado. No entanto, para os menos aventureiros, o Rendez Vous ou Porto Tónico são sempre bons lugares para esticar as pernas. Estes nunca desiludem e são um porto seguro de diversão comedida.

É necessário terminar como começamos, na Rainha da Foz acompanhados de uma francesinha ou de uns “panados à Rainha” e um fino, gargalhadas e recordações de uma noite recente que promete perdurar na nossa memória.

 

Zeca Couceiro da Costa

Guilhermina Suggia
10 Janeiro, 2019 / ,

Nasceu no Porto, em 1885. Guilhermina Suggia cresceu rodeada de música, muito devido ao seu pai que era violoncelista. Muito cedo começou a ter aulas de violoncelo e com apenas 7 anos fez a sua primeira aparição em público, em Matosinhos. Com 13 anos já integrava o Orfeão Portuense e rapidamente apaixonou os portuenses. Foi um passo até dar os  primeiros espectáculos, muitas vezes acompanhada da sua irmã. Com 16 anos recebeu uma bolsa, da Rainha D. Amélia, para frequentar o melhor Conservatório Europeu. Passou pelas salas mais conceituadas de Londres e de todo o mundo, mas nunca esqueceu a sua cidade natal. É neste percurso que encontra a diretora do Conservatório de Música do Porto e é também nesta saga que nasce a Orquestra Sinfónica do Conservatório. Guilhermina Suggia percorre Portugal de Norte a Sul e encanta todos com o seu talento. Na Biblioteca Municipal Florbela Espanca, em Matosinhos, encontram-se  diversos documentos como a sua correspondência pessoal e oficial, fotografias…

Partiu com apenas 65 anos, mas deixou a sua marca, como melhor violoncelista portuguesa.

 

O Porto Escondido
9 Janeiro, 2019 / , , ,

As cidades constroem-se por cima das cidades. Esta é uma ideia que quer os arqueólogos, quer os arquitectos pressentem na realidade do seu trabalho cotidiano, que os condiciona, que os motiva e que está na raiz do futuro de qualquer cidade.

Desde que o Homem se sedentarizou, isto é, desde que os bandos de caçadores recolectores nómadas em busca dos melhores terrenos de caça deram origem ao assentamento permanente em aldeias cujos habitantes passaram a viver da agricultura e da criação de gado, que o tipo de habitação se modificou e passou a ter um carácter estável, com a adoção de materiais como o adobe, o tijolo e a pedra, para além da madeira, utilizada desde sempre.

Constatamos isso em povoados tão antigos como Çatal Hüyük (Anatólia, sul da Turquia) ou Jericó (Palestina), talvez as cidades mais antigas que se conhecem, construídas entre 8.000 e 7.000 a.C., e onde as construções se foram sucedendo, sendo as cidades ampliadas horizontalmente, mas também à custa dos derrubes das construções anteriores, aproveitando-se muitas vezes os seus alicerces para sobre eles se erguerem novas construções.

O Porto não terá sido diferente. Mas quem o sobrevoa, quem chega da outra margem ou quem percorre as suas ruas e observa o seu casario, não tem essa percepção, vê apenas aquilo que os seus olhos captam, as ruas, as casas, os prédios, as infra estruturas, não se lembrando que esta é apenas a nossa cidade, não a dos nossos avós e outros ancestrais.

Essas, as cidades deles, estão por vezes enterradas debaixo da nossa e, num momento em que o Porto vibra com a sua recuperação, sobretudo com a recuperação do seu Centro Histórico, os sinais dessas “cidades” que nos antecederam vêm ao de cima.

Talvez os vestígios mais antigos se encontrem no edifício da Rua D. Hugo, nº5, por detrás da Sé, onde foi possível sequenciar uma ocupação com vestígios desde o século VIII a.C., com casas de planta redonda. A que se sobrepõem casas já do período romano, de planta quadrangular.

Outro fantástico exemplo da forma como a cidade se foi construindo, é-nos fornecido pelas escavações arqueológicas da Casa do Infante, já numa zona baixa da cidade, em que a uma grande e luxuosa casa romana e tardo-romana (Séc. IV-VI) se sobrepõem as construções medievais, com a edificação dos armazéns do Rei, da Alfândega Régia e da Casa da Moeda, perdurando a sua ocupação e sucessivas ampliações ao longa da Idade Moderna e Contemporânea.

Mas o exemplo que vamos dar é igualmente representativo: numas obras dum edifício com frentes para a rua de S. Francisco e para a Rua Nova da Alfândega, onde esteve sedeada a antiga empresa de trânsitos A. J. Gonçalves de Moraes, em escavações aí realizadas apareceram vestígios da cidade oitocentista, mais concretamente o antigo quarteirão dos Banhos.

Aterrado quando das grandes transformações urbanísticas inerentes à construção do edifício da Alfândega Nova (1860-1870), construção da Rua Nova da Alfândega e da Rua Ferreira Borges, que implicou a destruição do Mosteiro de S. Domingos, o velho quarteirão dos Banhos ficou sepultado sob 5 metros de entulho.

As escavações mostraram uma outra faceta da cidade, uma zona ribeirinha e mal-afamada, que começava no areal já descrito por Ranulfo de Granville em 1147 e onde se situavam uns dos balneários da cidade, junto ao postigo dos Banhos e à Rua dos Banhos.

Fui uma dessas vielas, ainda com edifícios dos dois lados que foi posta a descoberto. Uma das casas, defronte da porta de entrada ladeada por janelas com grades de ferro, tinha um pátio lajeado.

Numa zona contígua, por debaixo cerca de um metro, o forte alicerce do que pode ter sido o edifício medieval dos banhos públicos. A escavação ficou por aí.

Mas o achado de materiais de construção romanos pode indiciar a presença de vestígios bem mais antigos…

 

Marcelo Mendes Pinto – Arqueólogo. Investigador CITCEM

Hotel Solverde Spa & Wellness Center
28 Dezembro, 2018 / ,

O Hotel Solverde Spa & Wellness Center é uma referência do grande Porto, o único hotel 5 estrelas na região norte do país, localizado em frente à praia. A dois minutos de Espinho e a apenas 15 minutos do Porto, este hotel reúne as condições ideais tanto para o turismo de lazer como de negócios.
Inserido num complexo de 2 hectares e com acesso directo à praia, proporciona uma agradável atmosfera de descontracção brindado pelo aroma a maresia, pela magnífica vista sobre o mar e a paisagem envolvente.
A gastronomia é também um dos pontos de destaque desta unidade hoteleira Solverde, oferecendo um rico e variado leque das mais saborosas iguarias da cozinha tradicional portuguesa.
O Spa & Wellness Center é um dos mais completos e modernos do país, proporcionando a simbiose perfeita entre corpo e mente e dispondo de tratamentos exclusivos e aliados às marcas Thalgo e Terraké.

Alojamento
• 174 Quartos (90% são quartos comunicantes)
• 169 Quartos, sendo 111 com varanda e vista mar
• 5 Suites com varanda e vista mar
• Quartos para pessoas com mobilidade reduzida
• Ar condicionado
• Cofre
• Mini-bar
• Telefone com acesso directo ao exterior
• TV por cabo
• Wi-Fi grátis

Restaurantes | Bares
• Restaurante “O Jardim” com vista panorâmica sobre o mar
e jardins (capacidade para 200 pessoas)
• Coffee Shop (capacidade para 100 pessoas)
• Bar Ponto de Encontro (capacidade 70 lugares)
• Bar Salão de Jogos (capacidade 70 lugares)
• Bar Esplanada – Coberto para fumadores (capacidade 36
lugares)
• Room-service 24 horas / dia

Serviços
• 17 Salas de reunião com luz natural (a maior com 400 m2)
• Wi-Fi grátis
• Serviço de lavandaria
• Parking privativo gratuito (300 viaturas)
• Garagem privada (50 viaturas)
• Ponto de carregamento carros eléctricos:
1 Tesla + 1 Universal
• Business Center
• Heliponto

Lazer
• Piscina exterior com água do mar
• 2 Campos de ténis
• Campo de Padel
• Campo de Futebol
• Campo de Voleibol de Praia
• Mini-Golfe
• Parque Infantil
• Bicicletas

Spa & Wellness Center (1800 m2)
• Ginásio equipado com cardiofitness e musculação
• Piscina interior com água do mar aquecida
• Piscina Dinâmica com água do mar aquecida
• Zona de Saunas (sauna, laconium, banho de vapor de sais,
cabine de gelo e duche sensações)
• 6 Gabinetes de tratamento, floating, duche vichy e
banheira royal
• 2 Salas de relaxamento (uma das quais com Wave Dream)

Entretenimento e Diversão na proximidade
• Casino Espinho e Bingo
• Golfe – Oporto Golf Club e Clube Golfe Miramar
• Actividades Equestres
• Pára-quedismo
• Surf e outros desportos aquáticos e náuticos
• Complexo de Ténis Espinho
• Indoor Karting
• Paintball
• Passadiço marítimo Gaia-Espinho (>15 km de percurso)
• Roteiros gastronómicos
• Cruzeiros turísticos no rio Douro
• Visitas guiadas à cidade do Porto, Castelos, Museus,
Caves de Vinho do Porto
• Marina de Gaia e do Porto
• Actividades turísticas diversas