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O dia em que o Rei visitou o Porto
21 Setembro, 2020 / , , ,

Em novembro e dezembro de 1908 D. Manuel II, que viria a ser o último rei de Portugal, fez uma longa viagem ao norte do país, tendo passado vários dias no Porto.

Num desses dias, e depois da mãe, a Rainha D. Amélia, ter feito compras numa grande loja da cidade, o povo reuniu-se no Campo da Regeneração (atual Praça da República), para uma parada militar. Dizem os jornais da época que muitas pessoas subiram aos telhados para poderem assistir e que nas ruas, os automóveis, trens e elétricos que se dirigiam ao local tiveram de voltar para trás.

O desfile percorreu várias ruas da Baixa e, em plena Rua de Santa Catarina, o cortejo é recebido com uma grande chuva de flores. No final do dia, tem lugar um jantar de gala no Palácio dos Carrancas. Dona Amélia teve também um dia preenchido, tendo visitado o atelier do escultor Teixeira Lopes.

Depois de ter percorrido diversas localidades do norte, D. Manuel II regressaria ao Porto, tendo participado num sarau no Ateneu Comercial do Porto. Em mais uma homenagem ao rei, os banheiros da Praia do Ourigo deram o nome do monarca à praia. Em outubro de 1910 deu-se a implantação da República e a designação ficou para sempre esquecida.

Fonte: O Tripeiro 7ª série Ano XVI Número 1 e 2 Fevereiro 1997

 

Porto visto de Gaia
21 Setembro, 2020 /

Mais do que um jardim, é um miradouro privilegiado sobre o rio Douro e a cidade do Porto. O Jardim do Morro, é um excelente lugar para assistir ao pôr do sol ou dar um passeio descontraído e apreciar a paisagem.

Para quem está no Porto, o acesso a este jardim, na outra margem do rio Douro, pode ser feito de metro, uma vez que tem uma estação logo à frente, ou a pé, através do nível superior da ponte Luís I.

O jardim, recentemente recuperado, ocupa o lugar de uma colina que existia lá e acabou por ser destruída para abrir uma avenida que ligava Gaia ao nível superior da ponte e ao Porto.

O jardim foi inaugurado em 1927 e a partir desta altura, é um mirante privilegiado sobre o Porto, um lago, uma gruta e, mais recentemente, bancos de pedra estrategicamente posicionados, conferem um charme ainda maior. Trabalhos recentes melhoraram as condições desse espaço verde, fornecendo também uma barra e outras estruturas de apoio.

Avenida da República, Vila Nova de Gaia

Klimt & Monet no Porto
18 Setembro, 2020 / , ,

A Immersivus Gallery é a primeira galeria de experiências artísticas imersivas em Portugal e tem como objectivo ser um ponto de referência artístico nacional.

É uma reinterpretação das obras de arte de um dos impulsionadores do impressionismo que mostra o que está para além da moldura, através de uma viagem pelo mundo de artista e pela sua busca interminável pela captura da luz.

O público será imerso pelo movimento impressionista do artista e envolto pelas linhas e cores que fazem parte do mundo de Monet.

Brilliant Klimt traça o percurso pelos aspectos biográficos e pelo legado artístico do artista austríaco através da sua pintura icónica – O Beijo. Este será o fio condutor da viagem pelo trajecto artístico ao mesmo tempo que são exploradas as influências do mundo de Klimt.

Impressive Monet & Brilliant Klimt

21.08.2020 – 15.11.2020

Alfândega do Porto

Bilhetes / Tickets / Billetes – 9€

Fonte da Colher
18 Setembro, 2020 / ,

Será uma das mais antigas fontes da cidade. Não esta que hoje podemos ver ao fundo das escadas do Monte dos Judeus, e deverá remontar a meados do século XIX, mas a sua antecessora, instalada no seculo XIII ainda na praia de Miragaia, para uso comunitário.
O nome “da colher” virá do imposto que se tinha de pagar pela entrada dos produtos na cidade (medidos numa colher); ou segundo outras versões, pela colher (de madeira ou metal) com que se dava a água a beber. Mas a fonte atual continua a ser uma relíquia, com a sua estrutura em granito e estranhamente rematada com a varanda de uma casa. Está classificada como imóvel de interesse público, mas merecia melhor visibilidade.

A sua água foi em tempos considerada “como a melhor em qualidade que teve a cidade”. Pode-se avaliar da antiguidade desta fonte pela leitura da legenda, hoje quase impercetível, que foi gravada na lápide da frontaria ” Louvado seja o santíssimo Sacramento e a Puríssima Conceição da Virgem Nossa Senhora, concebida sem pecado original. 1629. A água d’esta fonte é da Cydade”

Fonte: O Tripeiro 7ª série Ano XXXVII Número 3 Março 2018

A Estátua que tem o nome da cidade
17 Setembro, 2020 / ,

Na centralíssima Praça da liberdade, mais precisamente na confluência com a Rua Dr. Artur de Magalhães Basto junto ao Edifício do Banco de Portugal, está instalada uma estátua, hoje em dia vista desenhada e fotografada não só pelos milhares de pessoas que nos visitam, mas igualmente por tantos habitantes locais nas suas passagens rotineiras, e que representa um guerreiro.

Ela tem uma série de particularidades que só por si despertam algum interesse.

Desde logo o facto de ser possivelmente a que mais ‘passeou’ pela cidade. Está neste momento e desde 2013 no local mais próximo do ponto para onde foi idealizada, que foi o alto do frontão triangular da fachada do palacete que existia no topo norte da actual Praça da Liberdade onde esteve instalada durante cerca de cem anos a Câmara Municipal até à sua demolição em 1916 para a abertura da então Avenida das Nações Aliadas, actual Avenida dos Aliados. Nessa altura foi apeada e colocada junto ao Paço Episcopal e mais tarde ao lado da Muralha Medieval. Mais tarde voltou a ser removida, desta vez para os Jardins do Palácio de Cristal até que o Arquitecto Fernando Távora, na obra de requalificação da Casa dos 24, a instalou no Terreiro da Sé até ser finalmente depositada no local onde hoje se encontra.

Outro aspecto curioso é que sabemos que foi idealizada e por isso muitas vezes atribuída ao Escultor João de Sousa Alão mas não por si feita. Ele encomendou-a ao Mestre Pedreiro João Silva que foi na realidade o seu autor.

A ideia inicial era adornar aquele palacete que até então tinha sido uma residência particular, com símbolos que o identificassem com as novas funções de Sede dos Paços do Concelho.
E assim foi concebido este guerreiro com as suas armas e um elmo encimado por um dragão, bem como um escudo onde para além da inscrição Portus Cale surgem as Armas da própria Cidade. Por todos estes motivos, esta obra recebeu o nome da própria cidade que simboliza: “Porto”.

Uma última referência tem a ver com o os custos e contrato de pagamento, pois de acordo com os documentos das contas municipais desse ano de 1818, deveria ser liquidada em 3 vezes a quantia de… 343$20. Se não contarmos com as obvias actualizações, este valor corresponde a cerca de € 1,60…

Jaime Isidoro
17 Setembro, 2020 /

O Porto foi o tema principal das suas pinturas

Nasceu a 21 de Março de 1924, estudou desenho e pintura na Escola Soares dos Reis, no Porto, e a sua primeira exposição individual em 1945, na cidade do Porto, no então designado Salão Fantasia (na Rua 31 de Janeiro).

O Porto foi o tema principal dos seus quadros, principalmente aguarelas.

Em paralelo com a sua carreira de pintor, manteve uma vasta acção de animador cultural, galerista e professor, estando ligado a momentos importantes das artes plásticas na cidade do Porto e no país. Promoveu os Encontros Internacionais de Arte na década de 1970 e editou a Revista de Artes Plásticas, que contou com a colaboração de críticos e artistas portugueses de relevo, demonstrando um interesse particular pela concretização de projectos culturais inovadores

Em 1978, fundou a Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira, no Alto Minho, que viria a tornar-se na principal bienal de arte do país. Nos últimos anos da sua vida, Jaime Isidoro esteve ainda ligado à bienal, sendo presidente da mesa de assembleia geral do Projecto Núcleo de Desenvolvimento Cultural, que organiza a iniciativa de Cerveira.
Recebeu os prémios Armando Basto (1954), António Carneiro (1955), Henrique Pousão (1957). Foi ainda distinguido com a Medalha de Mérito Cultural da Câmara de Cerveira (1982) e com as medalhas de ouro das câmaras do Porto, em 1988, e de Gaia, em 2002. Está representado em coleções públicas e privadas, entre as quais: Museu do Chiado; Museu Machado de Castro entre outras. Em 2006 apresentou uma exposição antológica da sua obra na Casa-Museu Teixeira Lopes, em Vila Nova de Gaia

A 10 de Junho de 2006, foi feito Grande-Oficial da Ordem do Mérito.

Roteiro dos escritores, pelo Porto ( Almeida Garret )
17 Setembro, 2020 / ,

O Turismo Literário oferece capital cultural pois dá aos leitores possibilidade de percorrer e descobrir lugares relatados, de inspiração, e lugares que marcaram as vidas de escritores e dos seus bens. Da dificuldade em descobrir esses lugares se denota que muito trabalho há a fazer na preservação e na divulgação deste património. Algumas das casas mencionadas têm uma placa informativa, mas não são consideradas património cultural, e nem há um levantamento, de todas as casas que existem. Esta modalidade turística estabelece relações fortes entre os turistas e os seus destinos, relações criativas, afectivas e sociais. O Porto pode assim destacar-se e diferenciar-se como destino rico em património cultural, com história e escritores de renome.

ALMEIDA GARRET

Nasceu em 1799 no Porto, na Rua Dr. Barbosa de Castro próxima dos Jardins da Cordoaria, na casa n.º 37-41, e aí viveu até aos cinco anos, deslocando-se depois para Vila Nova de Gaia.
A meio do primeiro andar da casa, de características setecentistas, num medalhão oval em gesso, colocado pela câmara municipal em 1864, uma inscrição homenageia a memória do autor de “Viagens na Minha Terra”.

 

Há marcas do escritor por toda a cidade :

– Igreja de Santo Ildefonso, onde Garrett foi baptizado em 1799;

– edifício do Colégio de S. Lourenço/Igreja dos Grilos na Sé, e regimento militar improvisado, onde se refugiou durante o cerco do Porto, em 1832, e onde deu início ao romance “O Arco de Sant’ Ana: crónica portuense”;

– Praça Almeida Garret junto à estação de S. Bento;

– Ele foi um dos responsáveis pela introdução do coração de D.Pedro no brasão da cidade do Porto;

– sepultura em sua homenagem no cemitério da Lapa, embora os seus restos mortais se encontram no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa;

– desde 1954, no 1.º centenário da sua morte, uma estátua sua em bronze, tem lugar de destaque em frente à câmara municipal do porto,

– em 2001, quando Porto foi Capital Europeia da Cultura, a Biblioteca Municipal nos jardins do Palácio de Cristal foi baptizada de Almeida Garret.

É descrito como um dandy petulante e vaidoso.

O Sol Voltou ao Porto – As Praias do Porto
4 Agosto, 2020 / , ,

Os dias de sol e de calor convidam a uma ida à praia e no Porto não é preciso ir muito longe para encontrar um lugar tranquilo à beira-mar para apanhar sol, passear, saborear um deliciosa refeição ou uma bebida fresca.

Ter praia na cidade é um sonho fácil de concretizar para quem está no Porto. Conheça as nove praias com Bandeira Azul onde pode desfrutar do Verão sem abdicar da vida na cidade.

Praia das Pastoras
O areal é delimitado por dois molhes, o que a protege do vento. É neste local que o Rio Douro desagua no Oceano Atlântico. Tem este nome porque era costume as pastoras trazerem aqui os seus carneiros a pastar as ervas e a maresia.

Praia do Ourigo
A tradição dos banhos na Praia do Ourigo já remonta ao século XVI, quando se acreditava que estas águas curavam doenças.

Praia do Carneiro
Tem um areal extenso e já é bastante frequentada desde o século XIX. Há alguns séculos aquela era uma zona de pastoreio. Diz a lenda popular que foi ali que um desses carneiros se perdeu do rebanho. A imagem do carneiro ficou eternizada em cima do Chalé Suíço (um quiosque que ainda hoje existe na Rua do Passeio Alegre).

Praia do Homem do Leme
Ideal para quem tem crianças, já que dispõe de dois parques infantis. É uma praia rochosa, com um areal de 374 metros. O nome vem da estátua de bronze, colocada na Avenida de Montevideu, que presta homenagem aos pescadores.

Praia dos Ingleses
Tal como o nome indica, era a praia preferida pela comunidade britânica do Porto. Tem um areal com 86 metros, uma zona de declives bastante suaves e areia fina.

Praia de Gondarém
Praia com 115 metros de extensão. O nome desta praia deriva do Latim e significa algo como “descanso na batalha”. Tem um paredão de pedra que é encoberto para preia-mar, tornando-a mais segura para crianças.

Praia da Luz
Um pequeno areal enquadrado por rochas e por uma zona ajardinada na Avenida do Brasil. Quando a maré está baixa podem ver-se dois pontões de apoio aos banhos do século XIX.

Praia do Molhe
Tem uma extensão de 168 metros e deve o seu nome à estrutura costeira, semelhante a um pontão, que avança para o mar e que delimita a zona de banhos. A paisagem é embelezada pela Pérgola da Foz, uma balaustrada de cimento construída nos anos 30 que funciona como um miradouro privilegiado sobre o mar. A escadaria e a zona envolvente fazem com que seja uma das praias mais bonitas do Porto.

Praia do Castelo do Queijo
Situada junto ao Castelo do Queijo. É uma zona rochosa, bastante procurada por pescadores e por pessoas que procuram aproveitar as propriedades medicinais das rochas.

A fonte do Jardim do Marquês já esteve na Praça D. João I?
25 Março, 2020 / ,

 

A fonte que está no Jardim do Marquês tem já uma longa história. Foi colocada neste local em 2006, depois das obras de requalificação do jardim, mas durante décadas iluminou, literalmente, a Praça D. João I.

A Praça D. João I só foi inaugurada em nos anos 40 e com uma aura de grande modernidade, graças aos dois edifícios bastante altos que a ladeavam e que ainda existem. Um deles era, à época da construção o edifício mais alto do país. Fazendo a ligação entre a Rua Passos Manuel e a Avenida dos Aliados, esta nova praça, construída onde antes existiam outros edifícios, viria a receber elementos decorativos marcantes: as esculturas de bronze “Os Corcéis”, que ainda lá estão, e a fonte luminosa, que entretanto mudou de local e que está agora no Marquês, embora desprovida de alguns dos seus elementos originais.

A fonte estava colocada no centro da praça e, para além de ter no fundo o desenho da roda dos ventos, iluminava-se durante a noite. Estava instalada numa pequena rotunda, com calçada portuguesa e arbustos. Naquela altura, os carros e autocarros circulavam na praça e existiam cafés e outros estabelecimentos comerciais no local onde hoje estão as entradas para o parque de estacionamento. A imponente fonte foi mandada construir pelo proprietário de uma importante agência imobiliária.

Casa de São Roque
25 Março, 2020 / ,

A zona oriental da cidade do Porto tem vindo, ao longo dos últimos anos, a renascer quase das cinzas. De facto, um pouco marginalizada quando comparada com outras zonas da cidade, a parte oriental tem vindo a ser alvo de interesse crescente por parte da nova população que procura ali estabelecer-se e também por parte da gestão camarária que tem procurado incentivar a reabilitação da zona. Veja-se, a título de exemplo, o investimento dos Jardins e Parques Urbanos da zona oriental e a parceria que resultou na requalificação da Casa de São Roque.

Esta última merece um destaque particular, e a atenção do caro leitor!

Até há pouco quase em ruínas, a casa renasceu fruto de uma reabilitação primorosa que lhe devolveu o glamour e pôs em evidência a pérola arquitectónica que efectivamente é!

A casa, também conhecida por Palacete Ramos Pinto, fica situada no Parque de São Roque da Lameira, na freguesia de Campanhã, e pretende ser hoje um novo polo cultural da cidade. A casa vai dar a conhecer ao público grande parte da coleção de arte Peter Meeker/Pedro Álvares Ribeiro, estando actualmente patente a exposição “Inventória” com trabalhos assinados por Ana Jotta e a curadoria de Barbara Piwowarska.

Historicamente, temos de recuar até 1759, altura em que, fazendo parte da Quinta da Lameira, a casa funcionou como mansão e pavilhão de caça, como era típico na burguesia e nas famílias nobres do Porto de então. No século XIX, pertenceu à família de Maria Virginia de Castro, que em 1888 se casou com António Ramos Pinto, um dos mais conhecidos produtores e exportadores de vinho do Porto. Foi ele quem promoveu uma primeira remodelação da casa ao arquitecto José Marques da Silva (o mesmo que projectou a estação de São Bento).

Em 1979, toda a quinta e a casa foram adquiridas pela Câmara Municipal do Porto ao último dono, tendo sido preservados a mobília e os objectos mais importantes da casa (hoje em uso na colecção da Casa do Roseiral).

A Casa São Roque é hoje um exemplar marcante das casas da época no Porto, pela suas caraterísticas arquitetónicas e decorativas, acompanhada do seu magnifico jardim, no qual temos de destacar as belíssimas camélias (que inspiram toda uma programação na cidade nos próximos dias 2 a 9 de Março), da qual faz também parte uma visita guiada às camélias centenárias da Casa de são Roque no dia 2 de Março pelas 10h30 com o Professor Armando Oliveira.

A casa é linda, o jardim magnifico, a exposição actualmente patente desafiante – não dará o seu tempo por perdido se lhes dispensar uma visita!

Para mais informações e acompanhamento da oferta disponível, não deixe de consultar: https://www.casasroque.art/pt/