Miragaia começou a ser povoada em 1243 e era um pequeno lugarejo de pescadores à beira-rio. A praia de Miragaia, situada sobre a antiga praia fluvial, era frequentada por pescadores locais.
Miragaia era uma zona piscatória por excelência, pois permitia fundear as embarcações de forma segura e abrigada, dada a localização geográfica junto ao Rio Douro, e igualmente banhada pelo Rio Frio que abastecia, de água doce, a localidade.
As condições do terreno, de grande areal, permitiram igualmente a localização dos estaleiros navais onde foram construídas inúmeras embarcações, nomeadamente, da frota que o Infante D. Henrique mandou construir no Porto, para a conquista de Ceuta em 1415.
Miragaia já estava ligada à cidade, inclusive à muralha que D. Afonso IV edificou, que este desenvolveu a caminho do ocidente, e que só foi terminada no reinado de D Fernando.
Nesta muralha, foi edificada por D.Manuel I a Porta Nobre, para ampliar o velho Postigo da Praia de Miragaia, estendia-se desta porta até Monchique, e era conhecida como a “Praia do Mosqueiro”. O “Largo da Praia”, é o largo que forma a Rua de Miragaia, frente a Alfândega.
O bairro dos Judeus em Miragaia, ocupava um largo espaço entre a praia, a escarpa da bandeirinha e a zona de Monchique. Tinham a sua sinagoga própria e cemitério privativo.
A baixa de Miragaia, com as suas famosas arcadas, que eram a frente das casas que davam para o areal, foi pouco a pouco sendo invadida por população de despachantes e transitários, e os seus escritórios foram tomando conta, dos andares superiores.
Como o rio deixou de ter tráfego e cargas de contentores, houve um contraciclo: as actividades de despachantes e transitários e os escritórios partiram, e voltaram as gentes.
A Alfândega foi construída sobre estacas e com contacto directo das águas do rio com a terra, através dos bueiros abertos para o movimento oposto.
Nos tempos em que o rio era grande e não havia barragens no Douro, mal começavam as águas a ameaçar a zona da Ribeira, já Miragaia as via a ameaçar as suas casas.
No ano de 1966, a água foi tanta que algumas vezes voltou a entrar nas casas e os barcos voltarem a subir a Rua de Miragaia.
A luta das gentes de miragaia reflecte o querer e a vontade, que se ergue lutadora e honrada como descendente dos marinheiros que aqui viviam.
Este Bairro típico e encantador proporciona umas belas vistas do rio Douro a partir das zonas mais elevadas.
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– Como define a arte de Escher?
de peixe-galo. Com ervas, raspas e reduções. Texturas e sabores. Elementos. Sucos. Aromas. A xara e a cavala, gamba e pombo parecem saídos de uma fábula. E a rabanada que encerra a refeição é uma metáfora que nos recorda que o que é perfeito não precisa de nada. É através de pequenas insignificâncias que o Vasco viaja em busca da perfeição. Num caldo de frango fumado para temperar uma lula. Numa gema a baixa temperatura para tornar sublime um boleto laminado. Num suco de carabineiro que dá um toque divino a uma açorda de gambas. Na goma dum bago de arroz carolino. Ou naquele pão que o Rui amassou.A repetir para os que lá foram. A descobrir para quem se encanta com a elegânc ia da boa comida e ainda não encontrou o melhor destino para esse fim na mui nobre e invicta cidade do Porto
Miró de regresso a Casa. Em Serralves. Algumas obras da colecção do Estado português encontram quadros da colecção das Fundações Miró e Mapfre. Uma exposição focada no período que antecedeu a grande retrospectiva de Miró no Grand Palais, em Paris no ano de 1973. Tensão e raiva na morte da pintura. Criação e destruição. Quadros dilacerados. Queimados. Assassinados. Morrer para renascer, para se reinventar. Novos materiais. Ready made art. Sacos, baldes, caixas de vinho. Algumas obras que já não eram exibidas há perto de quarenta anos. E os Sobreteixims que já conhecemos de “Materialidade e Metamorfose”. “Miró e a Morte da Pintura”. Mais uma grande exposição em Serralves. À sua espera até 3 de Março.
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