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As Pontes que já não existem…
4 Outubro, 2021 / ,

Durante muitos anos a travessia do rio de uma margem para a outra era feita com a ajuda de jangadas e barcas.

Só em 1369 foi inaugurado um passadiço formado por barcas, uma corrente de ferro que as unia e um estrado de madeira por onde as pessoas caminhavam.

Mas havia um grande inconveniente, sempre que os níveis da água do rio subiam devido às chuvas intensas, a ponte improvisada ficava destruída.

A Ponte das Barcas, um pouco mais sofisticada, foi construída com objectivos mais duradouros, foi projectada por Carlos Amarante e inaugurada a 15 de Agosto de 1806.

Esta foi considerada a primeira ponte que ligou Porto e Gaia.

Era feita com 20 barcas postas paralelamente, interligadas por cabos de aço, e que suportavam uma série de tábuas de madeira, com duas aberturas para o tráfego fluvial, para que os barcos que subiam e desciam o rio pudessem passar. Além disso, era uma ponte desmontável, assim, ela poderia adaptar-se conforme as correntes do Douro aumentavam ou diminuíam.

Esta inovação só chegou em 1806 mas teve o seu fim em 1809, a ideia durou pouco.

A 29 de Março de 1809, durante a Segunda Invasão Francesa de Napoleão, quando o exército do General Soult marchava pela cidade com a intenção de destruí-la, a população desesperada correu em direcção ao rio para atravessar para o lado de Gaia.

Com a quantidade de pessoas em pânico sobre a ponte, esta entrou em colapso. O alçapão central foi aberto e a ponte desfez-se.

Mais de 4000 de pessoas morreram.

Depois da tragédia da Ponte das Barcas, outra ponte tinha que ser construída.

Esta ponte foi construída em 1843 e foi nomeada como D. Maria II, mas popularmente ficou conhecida como Ponte Pênsil, pois como o próprio nome indica, ela foi construída no sistema de suspensão ou sustentado em ferro, que se eleva 10 metros acima do nível médio das águas, e que permitiu um vão de 170 metros,.

A Ponte Pênsil – oficialmente D. Maria II – é uma bela obra para a época, dos engenheiros Bigot e Mellet.

Essa foi a primeira obra fixa construída sob o Rio Douro, e ela ficou ativa durante cerca de 45 anos, até ser substituída pela Ponte Luiz I, que foi construída ao seu lado.

Foi inaugurada em 1842 e demolida em 1887 para dar lugar à ponte que homenageava o rei da altura: D. Luís I.

Ponte D. Maria Pia
4 Outubro, 2021 / , , ,

Foi projecto do Eng.Theophile Seyrig e inaugurada em Outubro de 1877.

Nela trabalharam 150 operários da Eiffel Constructions Métalliques, e foram usados 1.600.000 kg de ferro.

Foi a primeira construção a considerar os efeitos dos ventos da região, e apesar da complexidade da ponte não demorou sequer 2 anos a ser construída.

As dimensões da largura do rio e das escarpas envolventes, exigiu a construção do maior arco em ferro do mundo, com um vão de 160m, e um tabuleiro de 352m, a 61m de distância do nível médio das águas do rio. Foi uma construção no limite das possibilidades da construção metálica. Na época esta ponte foi uma obra de engenharia que deslumbrou portugueses e estrangeiros.

Marcou a chegada da via-férrea à cidade invicta, e a ligação entre o Porto e o sul a nível ferroviário era a sua função. Permitiu concluir a ligação ferroviária entre o Porto e Lisboa que, na altura, terminava na estação das Devesas em Vila Nova de Gaia. Teve um profundo impacto na economia da região, pois a cidade do Porto assumiu a posição de nó num conjunto de linhas férreas importantes e permitiu o reordenamento do tecido urbano em função da localização das estações.

A festa de inauguração no dia 4 de Novembro de 1877, foi de arromba, e foi presidida pelo rei D. Luís I e pela Rainha D. Maria Pia, que lhe deu o nome.

A multidão veio assistir ao memorável espectáculo, encheu as redondezas da “obra de arte”, acenando lenços à passagem ao primeiro comboio a atravessar a ponte, com 24 carruagens e cerca de 1200 pessoas a bordo.

A segurança da ponte foi largamente comprovada com a passagem de comboios por mais de 100 anos.
Está classificada como monumento nacional e é o único monumento português que faz parte da lista de grandes obras de engenharia da Sociedade Americana de Engenharia.

Com o aparecimento da nova Ponte de São João, a ponte D Maria Pia foi desactivada a 1 de Junho de 1991, e desde esse dia que aguardam pacientemente pelo futuro, sendo prioritária a recuperação desta obra de arte.

Roteiro dos escritores, pelo Porto ( Raul Brandão )
5 Abril, 2021 / ,

Nasceu no nº 12 da então Rua da Bela Vista, na Foz do Douro, a 12 de Março de 1867 –rua essa que mais tarde adoptou o nome do escritor – Raul Brandão.

Sendo descendente de pescadores, e a Foz a localidade onde passou a sua adolescência e mocidade, o mar foi um tema recorrente da sua obra, como no Os Pescadores.

Foi militar, jornalista e escritor português, famoso pelo realismo das suas descrições e pelo lirismo da linguagem.

Deixou uma extensa obra literária e jornalística que muito influenciou a literatura em língua portuguesa.
A sua obra influenciou tanto, que as Ilhas Açorianas são conhecidas por um código de cores que foi parte da sua obra “As ilhas desconhecidas”

Com Júlio Brandão, também autor, foi dramaturgo, redigindo Noite de Natal, que foi ao palco do Teatro Nacional D. Maria II em 1899.

Raul Germano Brandão foi um dos maiores marcos da literatura portuense. Faleceu aos 63 anos no dia 5 de Dezembro de 1930.

Recebeu diversas iniciativas honoríficas, tais como um monumento erguido em sua homenagem, no jardim do Passeio Alegre

O 150 aniversário do seu nascimento, foram celebrados com a publicação de três obras do escritor, uma delas com textos inéditos, último livro que Raul Brandão escreveu mas que nunca tinha sido editado.

A Camélia e o Chá … porque as Camélias também se bebem
5 Abril, 2021 /

O chá provém das folhas de Camélia Sinensis ou Rosa Chinesa.

Morfologicamente a planta do chá é um arbusto e apresenta uma delicada flor branca.
Esta espécie de Camélias necessita de solos ácidos, de ambiente com temperaturas amenas e com muita humidade, como no Porto.

Para a produção de chá apanham-se apenas as folhas jovens e botões da copa do arbusto.
Podemos apanhar as folhas durante todo o ano, quando rebentam folhas novas.

O Porto tem uma longa e íntima relação com o chá. Os seus caminhos cruzam-se algures no séc.XVI, tendo sido um padre jesuíta o primeiro Europeu a deparar se com a planta do chá, numa missão na China.

É muito possível que os barcos ingleses que vinham ao Douro carregar o vinho do Porto na sua viagem de regresso levassem consigo algumas plantas de camélia, talvez as primeiras a dar entrada naquele país.

Terá sido Catarina de Bragança, casada com o rei de Inglaterra Carlos II a introduzir o “5 o’clock tea” na corte inglesa. O amor pelo chá espalhou-se por todo país, sendo um hábito que perdura ainda hoje.

Irmãos Costa – Velejadores Portugueses à conquista de Tokyo
25 Março, 2021 / , ,

Os irmãos Costa, como são conhecidos na Vela, Pedro e Diogo, tem 24 e 23 anos, respetivamente, e conseguiram a última vaga de acesso aos Jogos Olímpicos no Campeonato Mundial da Classe olímpica que decorreu em Vilamoura. Também, no mesmo campeonato, sagraram-se vice campeões mundiais.

São de Engenharia na FEUP, naturais do Porto, e velejadores desde os 6 anos de idade. Apenas se juntaram em 2012, e em 2014 começaram a competir internacionalmente.

Foram bi-campeões nacionais de 420 em 2015 e 2016 e nesse ano conseguiram um feito histórico para Portugal, venceram o Campeonato Mundial de 420 em San Remo.

Após o titulo mundial de 420, começaram a Campanha para os Jogos Olímpicos de Tokyo e conseguiram esse feito em Portugal, Vilamoura, na última oportunidade, tendo, na medal race, conseguido a medalha de prata. De salientar que toda a frota deste mundial está apurado para os Jogos Olímpicos 2021.

 

Sugestões de Pedro Costa

Bar : Adega Leonor

Restaurante : Alma do Cachorro

Local: Guindais

Sugestões de Diogo Costa

Bar : Miradouro Ignez

Restaurante : Alma do Cachorro

Local: Serra do Pilar

Porto é a cidade das Camélias
23 Março, 2021 / ,

O Porto é um vasto jardim de Camélias junto ao Douro plantado.

Estas flores dão vida e alegria à cidade do Porto, durante dias tristes e cinzentos de inverno.

Até nos cemitérios portuenses há Camélias.

Como forma de celebrar esta flor, todos os anos o Porto é invadido pela Semana das Camélias na 2ª semana de Março, o que infelizmente este ano não pode acontecer.

Organizada pela primeira vez em 1984, no Mercado Ferreira Borges, esta exposição tem percorrido vários espaços da cidade, como a Biblioteca Municipal, o Mosteiro de São Bento da Vitória, Serralves, ou o Palácio da Bolsa.

Este evento desperta ano após ano a curiosidade e o entusiasmo de muitos admiradores, coleccionadores e produtores de camélias, e convida o público a conhecer e apreciar as diferentes espécies desta flor do inverno, que hoje abunda e espalha cores pelos vários jardins da cidade.

Os principais criadores que, ao longo dos anos, aperfeiçoaram o cultivo desta flor, multiplicando-a nas mais variadas espécies, salpicaram de colorido e formas os jardins da cidade do Porto.

As camélias são uma herança natural e cultural portuense.

O Porto é um rio entre camélias.

Aqui ficam alguns locais onde pode encontrar Camélias:

– Jardim Botânico
– Casa Burmester do lado direito
– Palácio de Cristal – Jardins e Biblioteca
– Museu Romântico
– Casa Tait
– Jardim S Lazaro
– Rotunda da Boavista
– Antiga Igreja de Cedofeita
– Jardim do Marquês
– Parque da Cidade
– Cemitérios de Agramonte e Prado do Repouso
– Jardim Serralves

Ponte Luíz I
5 Março, 2021 / ,

Um dos mais importantes e populares cartões-de-visita da cidade Invicta, é a ponte Luiz I.

Liga a ribeira do Porto ao cais de Vila Nova de Gaia, e todos portuenses a conhecem, e provavelmente a maioria já teve o privilégio de a atravessar no tabuleiro superior ou inferior.

Em 1879 começa a pensar-se na substituição da Ponte Pênsil que no fim descobriram que não era tão eficaz para a circulação do trânsito que crescia entre Porto e Gaia, e em 1881 começa então mas só 5 anos mais tarde foi inaugurada.

A ponte teve 2 momentos de inauguração: O tabuleiro superior foi inaugurado a 31 de Outubro de 1886, no dia de aniversário do rei D. Luiz; e o tabuleiro inferior só foi inaugurado só um ano mais tarde.

O autor da ponte foi Théophile Sevrig, um discípulo de Gustav Eiffel, e não pelo próprio autor da Torre Eiffel como muitos pensam.

Entre 1886 e 1944 quem queria passar a ponte tinha que pagar portagem, e este valor era pago por pessoa.
A circulação rodoviária do tabuleiro superior só foi proibida a partir de 2003, ano em que foi adoptado ao metro.

Esta ponte inovou na época ao possuir dois tabuleiros que consideravam duas cotas diferentes das cidades. O tabuleiro superior tem 395 metros de comprimento, e o inferior 174 metros.

Esta obra de arte, foi a ponte com o maior arco de ferro forjado do mundo, durante muitos anos – 172m. Apenas em 2017 foi ultrapassada por uma ponte Chinesa.

Em Dezembro de 2019, a Ponte Luiz I foi considerada uma das 15 pontes mais bonitas da Europa pela European Best Destinations, uma organização europeia de consumidores e especialistas que promove o turismo e a cultura na Europa, com sede em Bruxelas.

O nome da ponte é uma homenagem ao então rei Dom Luiz I, casado com Maria Pia, que já tinha dado o nome à ponte ferroviária.

Os portuenses anteciparam a cerimónia de inauguração para fazer coincidir com o aniversário do Rei, mas reza a história que o Rei não apareceu, o que ofendeu os tripeiros, que retiraram o título real à ponte, baptizando-a ponte apenas de “Luiz I”.

Ponte da Arrábida
1 Março, 2021 / , , ,

A Ponte da Arrábida constitui uma obra-prima da Engenharia de Pontes, sendo como tal reconhecida internacionalmente.

Aquando da sua conclusão, em 1963, constituía a ponte em arco de betão armado com maior vão em todo o mundo. É considerada uma obra-prima de Engenharia de Pontes. Tem 500 metros de comprimento, e fica a 70 metros do nível do rio.

É a primeira grande ponte sobre o rio Douro integralmente concebida, projectada e construída pela Engenharia Portuguesa. O seu autor assinou projectos de pontes nos quatro continentes – o Eng. Edgar Cardoso.

A sua construção durou 7 anos (entre 1956 e 1963) e ainda lá está a pequena casa de onde foi coordenada a construção da ponte. Actualmente é o restaurante Casa D’Oro

A Arrábida veio colmatar a necessidade de ligação por via rodoviária da cidade do Porto a Vila Nova de Gaia, tendo sido a segunda ponte a permitir essa passagem.
De entre as várias pontes do estuário do rio Douro, a Ponte da Arrábida é a ponte mais próxima da foz.

Esta ponte também foi concebida para permitir a circulação de peões e, por isso, foram instalados quatro elevadores, dois de cada lado, que tinham capacidade para cerca de 25 pessoas. Deixaram de funcionar por questões de segurança.

É um dos mais poderosos, se não o mais poderoso, símbolo da Cidade, provavelmente aquele que no futuro melhor simbolizará o Porto do século XX.

Constitui Património no sentido mais nobre do termo. E é onde se descobrem novas e belas perspectivas portuenses frequentemente.

Foi classificada como Monumento Nacional no ano do seu 50º aniversário, em 2013.

 

Sabia que?  

As visitas ao arco da Ponte da Arrábida começaram em 2016, sendo este o único arco de uma ponte que pode ser visitado na Europa – 262 são os degraus que se tem de subir para o visitar.

 

As esculturas do Jardim de S. Lázaro
20 Janeiro, 2021 / , ,

Nas proximidades da Escola Superior de Belas Artes do Porto, espalhadas pelo Jardim de São Lázaro, há um conjunto de esculturas que não deve deixar de ver.

Estátua de de Barata Feyo

António Carvalho da Silva foi um pintor português que mais tarde adoptou, como apelido, o nome da sua cidade natal, ficando assim a ser conhecido como Silva Porto.

Estudou na Academia Portuense de Belas-Artes, estagiou em Paris e em Itália, e em 1879 regressou a Portugal.

Entre outros, recebeu a medalha de ouro da Exposição Industrial Portuguesa de 1884 e a primeira medalha do Grémio Artístico.

O busto de bronze é da autoria de Barata Feyo, um escultor e professor, que teve uma importante acção pedagógica enquanto professor da Escola de Belas-Artes do Porto.
Foi figura maior da segunda geração de escultores modernistas portugueses, do sec XX e esculpiu este busto em 1950,

Escultura Ternura de Henrique Moreira

A escultura Ternura está ao centro do jardim, e relembra os portugueses mortos na Grande Guerra de 1914-18.

Henrique Moreira formou-se na Academia Portuense de Belas-Artes.
Deixou-nos vastas obras notáveis, como a Floreira decorativa da Avenida dos Aliados A sua obra tem uma expressividade naturalista, e a tendência da Art Déco.

Escultura o Torso de João Cutileiro

João Cutileiro frequentou os estúdio de Jorge Barradas e de António Duarte como voluntário e foi com este ultimo que pela primeira vez teve contacto com a pedra.
Apresentou a sua primeira exposição individual em 1951, com apenas 14 anos.
Frequentou a Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, e da Slade School of Art em Londres.
As temáticas que abordava eram o amor, o desejo e a plenitude do ser, cuja revelação no domínio da natureza é celebrado com respeito e simplicidade.

Marques de Oliveira de Soares dos Reis

Pintor naturalista e crítico de arte, Marques de Oliveira, nasceu na cidade do Porto em 1853.
Na Academia Portuense de Belas-Artes, destacava-se como um dos melhores alunos no curso de Pintura Histórica.

Após uma breve passagem por Itália, regressou ao Porto. Teve uma carreira de ensino notável e introduz a pintura ao ar livre em Portugal com o desenho como base de todas as obras. A sua longa carreira de ensino foi considerada notável, e levou os alunos ao contacto directo com a natureza.

Em 1929, dois anos após a sua morte, o Porto prestou-lhe homenagem, inaugurando um monumento em sua honra da autoria do seu amigo e conterrâneo escultor naturalista Soares dos Reis, no Jardim de São Lázaro.

O porte altivo do grande paisagista é suportado por um busto de dimensões alongadas. A estrutura rectilínea e triangulada do rosto com pequenos toques angulosos e impressivos no cabelo, barba e sobrancelhas.

O Jardim dedicado às mulheres
20 Janeiro, 2021 / ,

Inaugurado em 1834, o Jardim Marques de Oliveira, é de concepção romântica, podendo destacar-se a sombra das suas grandes magnólias, as suas imponentes tílias, o colorido das suas camélias e os sons do lago central.

O Jardim de São Lázaro, é o mais antigo jardim municipal da cidade do Porto.
A sua designação advém da antiga gafaria medieval, aí instalada no princípio do século XVI, e que veio a ser demolida no século XVIII.

Este fresco jardim é uma agradável surpresa para quem passa, pois está muito bem cuidado e frondoso.
Foi desenhado por João José Gomes, o primeiro jardineiro municipal do Porto, e apresenta ainda hoje o seu desenho original.

Destacam-se a fonte, o coreto, e as esculturas espalhadas pelo jardim, de vários artistas de renome nacional como Soares dos Reis.

Durante a Guerra Civil portuguesa, o Porto esteve rodeado por um cerco entre Julho de 1832 e Agosto de 1833. Foi um cerco pesadíssimo para os portuenses: às investidas das tropas miguelistas, somavam-se inimigos silenciosos como a cólera, o tifo, a fome e o frio, que transformou as belas árvores da invicta em lenha para a população.

A 27 de Janeiro de 1833, D. Pedro IV ordenou a construção do Jardim de S. Lázaro, dedicado às mulheres desta cidade, para de alguma forma as compensar pelas duras provações enfrentadas durante o Cerco. Pretendia-se que este fosse um recanto das senhoras portuenses!
Embora modesto em tamanho e parco de vistas, rapidamente se tornou popular entre a fina sociedade – um lugar obrigatório de reunião das famílias do Porto. Durante 30 anos, esta miniatura de Passeio Publico, foi o centro do janotismo e da moda da cidade.

Sem vista para a barra do Douro, sem passeios largos e arejados, encerra contudo um suave perfume, que contrasta com o ambiente urbano em que se insere.

É o ponto de encontro dos reformados que jogam cartas, ponto de passagem de muitos locais, um lugar de repouso para os turistas. Próximo da Faculdade de Belas Artes, é também muito frequentado por estudantes.

A nascente do jardim está a Biblioteca Pública Municipal e, a sul, a magnífica fachada barroca do antigo convento de São Lázaro, atribuído a Nicolau Nasoni.

O jardim é o único da cidade que ainda está envolvido por um gradeamento. É um dos mais bonitos jardins românticos do Porto.