Esta praça remonta a tempos longínquos e é o resultado de um entroncamento das velhas estradas que, saindo conjuntamente da Porta do Olival das Muralhas Fernandinas, junto à Cadeia da Relação, se dirigiam a Braga (pela actual Rua de Cedofeita) e a Guimarães (pela actual Rua das Oliveiras).
A mais remota referência conhecida em documento data de 1638, e nessa altura chamava-se “Largo dos Ferradores”, porque era aqui que se aprontavam as montadas para o caminho. Era também um local de estalagens.
No Largo dos Ferradores, no palacete setecentista dos Viscondes de Balsemão (onde agora está instalada a Direção Municipal da Cultura da Câmara Municipal do Porto), estava por meados do século XIX instalada a Hospedaria do Peixe.
A praça também foi conhecida popularmente como Feira das Caixas, porque, numas tendas de marceneiros que havia por aqui, se faziam as caixas para as bagagens que os emigrantes levavam para o Brasil.
Em fevereiro de 1791 foi inaugurada nesta praça a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, com o edifício do Hospital do Carmo.
A partir de Julho de 1853 e até Fevereiro de 1910, na Praça de Carlos Alberto, para ser mais exacto, à frente da Tabacaria Havaneza, ficava a paragem terminal do veículo da Empreza Portuense de Carros Ripert, um pesado carroção de madeira e ferro, puxado a cavalos, que fazia a ligação diária com São Mamede de Infesta.
Desta praça partiu, também, em 12 de Agosto de 1874, o primeiro carro americano do Porto, antepassado directo do eléctrico, na carreira para Cadouços, na Foz do Douro.
Neste espaço realizou-se durante muitos anos a feira dos criados de lavoura e das criadas de servir. Veio para aqui da Praça da Corujeira, e daqui foi transferida para a Rotunda da Boavista em 1876. Os moços e as moças vinham dos arrabaldes e aqui ajustavam, com os futuros patrões, as condições de trabalho.
Já no século XX, a 9 de Abril de 1928, foi inaugurado na Praça de Carlos Alberto o Monumento aos Mortos da Grande Guerra, de autoria de Henrique Moreira
O nome desta praça e do teatro da Rua das Oliveiras homenageiam o Rei Carlos Alberto da Sardenha, destroçado do seu trono em 1849, após a derrota da Batalha de Novara a 23 de Março desse ano.
Este esteve exilado na cidade do Porto por 3 meses, antes de morrer.
Viveu no Palacete dos Viscondes de Balsemão naquela mesma praça, e faleceu na Quinta da Macieirinha, onde está o actual Museu Romântico.
As dimensões da largura do rio e das escarpas envolventes, exigiu a construção do maior arco em ferro do mundo, com um vão de 160m, e um tabuleiro de 352m, a 61m de distância do nível médio das águas do rio. Foi uma construção no limite das possibilidades da construção metálica. Na época esta ponte foi uma obra de engenharia que deslumbrou portugueses e estrangeiros.
Durante a Guerra Civil portuguesa, o Porto esteve rodeado por um cerco entre Julho de 1832 e Agosto de 1833. Foi um cerco pesadíssimo para os portuenses: às investidas das tropas miguelistas, somavam-se inimigos silenciosos como a cólera, o tifo, a fome e o frio, que transformou as belas árvores da invicta em lenha para a população.
Como não se podia comer carne, e o bacalhau era o peixe mais barato, o repasto era constituído por bacalhau cozido, acompanhado com couves e batatas cozidas, regados por um bom azeite nacional extra virgem; os pastéis de bacalhau, o polvo guisado, ou o arroz de polvo eram outros dos pratos sem carne mais escolhidos.
Por trás deste bolo existe uma simbologia com cerca de 2000 anos. A lenda diz que o bolo representa os presentes que os Reis Magos ofereceram ao Menino Jesus. A coroa simboliza o ouro, as frutas cristalizadas e secas são a mirra, e o aroma do bolo o incenso.

Apesar de ter nascido em Lisboa (1825) filho ilegítimo de um aristocrata com a sua criada, com 5 anos veio viver para o norte – Vila Real, órfão mãe. Com apenas 16 anos casou-se, e em 1843, 2 anos depois, foi pai. Nesse mesmo ano veio para o Porto viver sozinho, para a Rua Escura, no histórico e pitoresco bairro da sé, para estudar medicina. Mais tarde viveu no hotel Paris, na Rua da Fábrica.

Júlio Dinis (1839-1871), nasceu e foi baptizado no Porto, na freguesia de S.Nicolau.