Receita

Arroz de Polvo – Chef Emídio Concha de Almeida
10 Dezembro, 2018 / ,

E porque é quase Natal…

É Natal e o bacalhau impera um pouco por todas as casas. Todas não! A tradição do polvo na ceia tem muitos resistentes e cada vez mais adeptos em especial na zona norte e raiana.

Em Portugal, o polvo na mesa de Natal traz os cheiros do passado, aos avós e é um apelo há nossa memoria gastronómica. Era a forma como os nossos antepassados lidavam com o afastamento do mar. Não era fácil fazer chegar produtos frescos do litoral ao interior e como a Igreja impunha o jejum de carne, o polvo seco foi sempre uma solução em especial no Norte em função da proximidade à Galiza de onde o dito cefalópode sempre gozou de enorme reputação entre as nossas gentes.

Longe vão os tempos em que o Polvo seco entrava por contrabando no nosso país em virtude de medidas protecionistas da pesca do Bacalhau e respetiva frota, acabando agora por ser trocado pelo fresco sem que tenha o mesmo sabor.

 

Arroz de Polvo  

Ingredientes

1 polvo (2 kg + ou -)

1 chávena almoçadeira de arroz agulha

3 colheres de sopa de azeite

2 cebolas

3 dentes de alho

3 folha de louro

1 ramo de salsa

sal e pimenta

2 chávenas de água de cozer o polvo

Preparação

1 – Coza o polvo juntamente com a cebola em água sem sal. Ao fim de 40 ou 50 minutos deve estar cozido. Quando a cebola está cozida, o polvo, geralmente, também está. Não se esqueça de “assustar” o polvo (espetar com um garfo junto à cabeça e retirar da agua e mergulha-lo de novo várias vezes).

2 – Entretanto, descasque a cebola e os alhos e pique-os; escolha e lave a salsa.

3 – Num tacho, deite o azeite, a cebola, os alhos, e a pimenta. Refogue sem puxar muito.

4 – Acrescente o arroz e envolva-o no refogado até ficar translúcido. Adicione a água da cozedura do polvo, a ferver. Deixe cozer, tapado, em lume brando de 10 a 12 minutos ou até ficar seco. Em alguns lugares coloca-se numa assadeira e leva-se ao forno para acabar de secar.

Na zona de Trás os Montes, coloca-se chouriço às rodelas que entra na altura do refogado.