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Agustina Bessa-Luís
14 Setembro, 2018 / ,

“Vivo aqui, mas o Porto não é para mim um lugar; é um sentimento”

Agustina Bessa-Luís é uma das mulheres mais emblemáticas da cultura portuguesa. Com dezenas de obras publicadas e dona de uma personalidade única, tem uma enorme paixão pelo Porto.

Nasceu em Vila-Meã, Amarante, a 15 de Outubro de 1922, mas durante a infância e adolescência viveu em várias cidades, mantendo, contudo, uma forte ligação à região do Douro, notória em muitas das suas obras. A biblioteca do avô materno permitiu-lhe o primeiro contacto com a literatura francesa e inglesa, que a influenciaria.

Na adolescência chegou a escrever romances sob pseudónimo, mas foi em 1948 que publicou o primeiro livro, Mundo Fechado. Três anos antes casara com Alberto Luís; conheceu o marido através de um anúncio que publicou num jornal em que procurava uma pessoa culta com quem trocar correspondência, o que revela bem o seu temperamento independente e determinado. Em 1953, com o premiado romance, A Sibila, Agustina Bessa-Luís ganhou um enorme reconhecimento.

Desde então, e até aos primeiros anos do século XXI, publicou dezenas de obras, algumas delas adaptadas ao cinema por Manoel de Oliveira. Apesar de muitas vezes não ter ficado satisfeita com estas adaptações, esta colaboração foi longa e profícua. Agustina escreveu mesmo o texto que acompanha o filme Visita ou Memórias e Confissões, feito para ser exibido após a morte do realizador. A Corte do Norte também foi adaptada ao cinema por João Botelho e várias obras foram adaptadas ao palco. Além de romances, escreveu também peças de teatro, biografias, ensaios e livros infantis. Entre 1986 e 1987 foi diretora do jornal  O Primeiro de Janeiro e entre 1990 e 1993 esteve na direção do Teatro Nacional de D. Maria II.

É membro da Academie Européenne des Sciences, des Arts et des Lettres (Paris) e da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa. Entre as distinções recebidas contam-se a Ordem de Sant’Iago da Espada (1980), a Medalha de Honra da Cidade do Porto (1988) e o grau de Officier de l’Ordre des Arts et des Lettres, do Governo francês (1989). Tem obras traduzidas para alemão, castelhano, dinamarquês, francês, grego, italiano e romeno.

Destemida, inteligente, sarcástica e sem medo de desafiar convenções e poderes, Agustina-Bessa Luís nunca temeu dizer o que pensava nem se deixou intimidar pelo facto de ser mulher ou de não pertencer aos círculos do poder. Por razões de saúde, está afastada da vida pública e literária há vários anos.

Capela dos Alfaiates
13 Setembro, 2018 / , ,

Discretamente situada no ângulo de duas ruas e com uma arquitetura aparentemente simples, esta capela merece ser visitada.

Embora seja conhecida por Capela dos Alfaiates, uma vez que foi mandada construir pela Irmandade dos Alfaiates, esta pequena igreja é designada como Capela de Nossa Senhora de Agosto, tendo na fachada uma imagem de barro desta santa.

Foi construída em 1554 bem perto da Sé do Porto, mas devido à abertura do Terreiro da Sé, foi retirada do local e em 1953 reedificada no local onde está atualmente. É Monumento Nacional desde 1927.

Nossa Senhora de Agosto é padroeira dos Alfaiates, daí a veneração que levou a que decidissem construir este pequeno monumento cuja arquitetura faz a transição do Gótico tardio para o Maneirismo de inspiração flamenga.

No interior, para além de imagem em calcário da santa e de S. Bom Homem (séc. XVII), destaca-se o retábulo de Nossa Senhora de Agosto, feito em talha dourada do séc. XVII e em estilo maneirista. É composto por um conjunto de oito tábuas com episódios da vida da Virgem e do Menino Jesus: Anunciação, Adoração dos Pastores, Adoração dos Reis Magos, Assunção da Virgem e o Menino entre os Doutores. O remate é feito pela Coroação da Virgem, ladeada pela Visitação e pela Fuga para o Egipto. As pinturas terão sido feitas entre 1590 e 1600.

Rua do Sol / Rua S. Luís, Porto

Horário: Seg-Sex 15:00-17:00

GPS: 41.143277204857, -8.6074742674828

 

Animaux de Porto
12 Setembro, 2018 / , ,

Laura (26) e Romain (29) vieram quase por acaso para o Porto. À paixão pela cidade juntaram o amor pelos animais, criando a Animaux de Porto, empresa que presta serviços de pet-sitting.

O casal francês, originário de Brest, na Bretanha, passou pelo Porto em férias em 2016, mas demorou ainda algum tempo até que, há um ano, decidiram deixar os empregos e a vida que tinham em França. Acompanhados pelos gatos, Pipoune e Snookie entraram no carro e, 17 horas depois, começavam uma nova vida no Porto.

Quando um dos gatos adoeceu e perceberam que o tratamento implicava que tomasse três comprimidos por dia, questionaram o que fariam todas as pessoas que tivessem animais com problemas semelhantes. E assim surgiu a ideia de criar um serviço destinado a quem tem animais e não quer tirá-los do seu ambiente quando vai de férias ou enquanto está a trabalhar.

O Pet-sitting é mais do que um trabalho, é uma paixão que começou ainda na Bretanha, quando tomavam conta dos animais de estimação dos familiares. “Trazemos uma presença especial ao animal, que tem um momento reservado para ele”, dizem, explicando assim as vantagens deste serviço, tanto para o animal como para o seu dono, que recebe mensagens e fotografias que o mantêm informado sobre o estado de espírito do seu animal. E o idioma não é obstáculo, uma vez que, para além de Francês, Laura e Romain também falam Inglês e um pouco de Português.

Informações:

www.animauxdeporto.com

animauxdeporto@gmail.com

Instagram: @animauxdeporto

Facebook: Animaux de Porto

Tel: + 351 926 857 199

Tél: +33 631 890 173

Rua Costa Cabral
11 Setembro, 2018 / ,

A rua mais extensa do Porto começa no Marquês e prolonga-se, praticamente em linha reta, até à estrada da Circunvalação, um dos limites da cidade. Um longo percurso com muito para descobrir.

Construída numa zona da cidade que era predominantemente rural, esta rua desempenha ainda hoje um importante papel na circulação para a zona oriental da cidade, mas também nos acessos a concelhos vizinhos. Já no século XIX era por aqui que passavam pessoas e mercadorias a caminho de Guimarães, Braga ou Penafiel.

A Rua de Costa Cabral distinguia-se dos arruamentos antigos não só pela sua geometria mais regular, mas também pela pavimentação. Foi batizada com o nome de Costa Cabral, ministro que não era popular no Porto. Por isso, os habitantes da cidade não adotaram a designação, preferindo chamar-lhe Estrada da Cruz das Regateiras. A cruz a que se refere o nome está atualmente nas traseiras da igreja de Paranhos. Anteriormente estava num largo onde existia um posto de cobrança de impostos sobre os bens que entravam na cidade; as mulheres que traziam os seus produtos para vender no Porto eram conhecidas como regateiras porque discutiam, com os fiscais, o preço do imposto a pagar. Aliás, quando Costa Cabral deixou de ser ministro, os habitantes do Porto destruíram a placa que indicava o nome da rua.

O nome acabou por ser aceite e os vestígios da ruralidade desapareceram. Hoje a Rua de Costa Cabral é sobretudo uma zona de comércio, com lojas mais tradicionais, como mercearias ou uma loja que aluga trajes de cerimónia, até restaurantes e outros negócios ligados ao turismo.

Pontos de interesse

Nos cerca de 4 quilómetros que separam o Marquês e a Areosa, vários edifícios de épocas e estilos diversos que merecem um olhar mais atento:

  • 114 – Centro de Caridade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Edifício da autoria do arquiteto Luís Cunha, exemplo da renovação na arte religiosa nos anos 50.
  • 196 – O antigo Palacete do Lima é um edifício do século XIX que alberga a sede do Académico Futebol Clube, histórico clube da cidade que ainda hoje se mantém em funcionamento. Tem um bar aberto até ao público.
  • 220 – Antiga Fábrica de Tabaco A Lealdade. Este edifício destaca-se pelo tom amarelo vivo, mas também por uma enorme marquise em ferro.
  • Número 323 – Edifício modernista dos anos 40 onde funcionou o Cinema Júlio Dinis. É agora uma danceteria.
  • 716 – Casa-Museu Fernando de Castro – antiga habitação de um poeta e colecionador; possui uma importante coleção de pintura portuguesa e vários exemplos de talha dourada.
  • Ao longo da Rua de Costa Cabral existem vários edifícios residenciais datados do século XIX, muitos deles com fachadas revestida a azulejo, com pormenores que merecem atenção nas varandas, portas e janelas.
  • 740/760 – Bloco de Costa Cabral – Edifício residencial dos anos 50, da autoria do arquiteto Viana de Lima. Classificado como Imóvel de Interesse Público.
  • 1121 – Hospital Conde Ferreira – foi o primeiro hospital psiquiátrico em Portugal. Inaugurado em 1883.

Porto de Leixões
5 Setembro, 2018 / , ,

Um porto essencial para o país, um edifício marcante e premiado. O Porto de Leixões e o Terminal de Cruzeiros são essenciais para melhor conhecer o Porto e o Norte.

Sendo esta uma região atlântica e com uma localização estratégica, a chegada de mercadorias por via marítima foi, desde sempre, essencial para o desenvolvimento desta zona do país. Mas o mar está também ligado ao lazer e ao turismo e Leixões quer ser, cada vez mais, uma porta de entrada para quem chega ao Porto por via marítima.

O Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, inaugurado em 2015, marca uma nova era na história do Porto de Leixões: o número de barcos e de passageiros tem aumentado todos os anos (só este ano são esperadas 113 escalas e mais de 120 mil passageiros) e quem chega tem melhores condições de acolhimento.

O edifício é uma estrutura em espiral com 40 metros de altura, revestida de cerca de um milhão de azulejos brancos fabricados pela Vista Alegre. A sua silhueta única destaca-se na paisagem à beira-mar e desperta a curiosidade de quem passeia pelas marginais do Porto ou de Matosinhos. No interior, a luz natural e as linhas curvas tornam o espaço mais acolhedor. Foi o edifício do Ano 2017 na categoria de Arquitetura Pública para o website ArchDail.

O Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões foi considerado, pela Cruises News, como um dos melhores terminais do Mundo. Este edifício alberga também o Parque de Ciência e Tecnologias do Mar da Universidade do Porto e várias unidades de investigação com vocação marítima (da Biologia à Robótica. É também a sede do CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha da Universidade do Porto.

O Dia do Porto de Leixões

A 15 de setembro o Porto de Leixões abre as portas entre as 10h00 e as 19h00, com iniciativas para todas as idades. Para além de mostrar aos visitantes o dia-a-dia do porto, estão previstas visitas a embarcações e uma regata.

Avenida da Liberdade, Matosinhos

GPS: 41.190507246926, -8.6861515045166

Transportes públicos: Autocarro: STCP – 505, STCP – 507

Metro:  Linha A

www.apdl.pt

 

Visitas guiadas:

Domingos: das 9h30 às 12:00 e das 14:30 às 17:00

Bilhete normal: 5€; grátis para crianças até aos 12 anos; descontos para famílias,> 65 anos, estudantes.

Fontainhas – Um miradouro sobre o rio
3 Setembro, 2018 / ,

Muito procurada por altura das festas de São João, a zona das Fontainhas tem um encanto especial em qualquer altura do ano, graças à magnífica paisagem que dali se contempla.

Esta ampla alameda, bem perto da Ponte do Infante, é um local privilegiado para ver a paisagem do Douro, Vila Nova de Gaia e uma parte da cidade do Porto. Daqui poderá observar ainda quatro das seis pontes da cidade do Porto: Ponte Luís I, Ponte do Infante, Ponte Maria Pia e Ponte de São João.

As árvores e os bancos de pedra tornam este lugar perfeito para aproveitar a sombra nos dias mais quentes ou para contemplar o pôr-do-sol.

Se quiser aventurar-se, pode descer a íngreme Rua da Corticeira em direção ao Rio Douro. No caminho encontrará vestígios de uma antiga capela e de uma fábrica de cerâmica. Esta calçada foi durante séculos percorrida por mulheres que, vindas do cais junto ao Rio Douro, subiam a encosta carregando pesados fardos de carqueja, uma planta que era depois usada nos fornos das padarias do centro da cidade.

Esta é, ainda hoje, uma das zonas mais típicas da cidade, onde resistem fortes laços de amizade entre vizinhos.

Coordenadas GPS:  41.14251570487, -8.6002564430237

Forte de São João Baptista
3 Setembro, 2018 / , , ,

Também conhecida por Castelo de São João da Foz, esta fortaleza foi construída para proteger a cidade dos ataques de piratas e navios de países inimigos.

Erguido na margem direita da Barra do Douro, a génese deste forte foi a residência do bispo da Diocese de Viseu, elaborada segundo o projeto de um arquiteto italiano. Considerada a primeira manifestação de arquitetura renascentista no norte de Portugal, esta casa, bem como os edifícios adjacentes – como a Igreja de São João Baptista e capela-farol de São Miguel-o-Anjo, foi rodeada de muralhas no reinado de D. Sebastião (1567). A localização estratégica, fundamental para a defesa da cidade e da região, justificaria várias intervenções feitas ao longo dos anos, procurando evitar ataques de piratas e de navios provenientes das nações com quem Portugal esteve em guerra ao longo da sua História.

Quando a independência portuguesa foi restaurada após 60 anos de domínio espanhol (1580-1640), D. João I quis inteirar-se do estado das fortalezas nacionais e da necessidade de construir mais fortes. O engenheiro francês Charles Lassart foi enviado ao Porto para definir as obras necessárias no forte; foi decidido demolir a igreja e a residência, tornando a fortaleza mais segura. Depois de concluídas as obras, foi reforçada a presença de tropas no local. No século XVIII a fortaleza era descrita como tendo quatro baluartes, um revelim, 18 peças de artilharia, mas no final deste século concluiu-se que seria necessário reforçar a segurança, nomeadamente com a finalização do fosso e com a construção de duas baterias. Em 1798 foi também projetado um portal em estilo neoclássico, com ponte levadiça, que substituiu a primitiva porta de armas.

A evolução do armamento e da capacidade de defesa fez com que este forte fosse perdendo importância durante o século XIX. Em meados do século XX estava ao abandono, mas acabou por ser considerado Monumento de Interesse Público e nos anos 80 e 90 foi alvo de trabalhos de limpeza e consolidação.

Curiosidades:

No século XVI as obras foram pagas com a verba angariada pelo imposto sobre o sal.

Durante a Guerra Peninsular (1808-1814), a 6 de junho de 1808, o Sargento-mor Raimundo José Pinheiro ocupou as instalações do forte. Na madrugada seguinte fez hastear no seu mastro a bandeira portuguesa. Foi o primeiro ato de reação portuguesa contra a ocupação napoleónica.

Durante a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), protegeu, durante o cerco do Porto (1832-1833), o desembarque de mantimentos para as tropas liberais na cidade.

No século XIX serviu como prisão política

A poetisa Florbela Espanca, casada com um dos oficiais, viveu no forte no início dos anos 20

 

Coordenadas GPS: 41.148445879541, -8.6748862266541

Horário: de Segunda a sexta-feira 9:00-17:00

Pedro Abrunhosa
13 Agosto, 2018 / ,

É um dos grandes nomes da música portuguesa. Foi com o álbum “Viagens”, de 1994, que se deu a conhecer ao grande público, tendo aí conquistado o sucesso e o carinho de muitos que manteve até hoje através de, no total, 7 trabalhos de originais: a esse primeiro, que contou com a participação especial de Maceo Parker, saxofonista de James Brown, seguiram-se o “Tempo” (1996), “Silêncio” (1999), “Momento” (2002), “Luz” (2007), “Longe” (2010) e “Contramão” (2013). Nos primeiros 5 discos de estúdio, foi acompanhado pela banda ‘Bandemónio’; nos últimos 2, pelos ‘Comité Caviar’. Todas as músicas foram escritas e compostas por ele.

Ele é Pedro Abrunhosa. Nasceu em 1960, começou pelos estudos musicais clássicos, foi professor (a partir dos seus 16 anos) e contrabaixista de Jazz, tendo fundado a Escola de Jazz do Porto e a sua Orquestra. É conhecido por nunca largar os seus óculos de sol, mas principalmente por muitos sucessos dos últimos 25 anos da música portuguesa, como por exemplo “Tudo o que eu te dou”, “Momento”, “Se eu fosse um dia o teu olhar” – música composta para banda sonora do filme “Adão e Eva” de Joaquim Leitão – “Toma conta de mim” ou “Fazer o que ainda não foi feito”. As suas canções são interpretadas no Brasil por nomes como Caetano Veloso (que o convidou para apresentar um espectáculo em conjunto na Expo98), Maria Bethânia, entre muitos outros. Compôs também para outros músicos, como por exemplo Ana Moura, Carlos do Carmo ou Camané. Em 2004 foi um dos artistas que encerrou o Rock in Rio, que pela primeira vez se realizou em Lisboa. Para além dos 7 discos de estúdio lançou dois DVD’s: o “Intimidade”, em 2005, e o “Coliseu”, em 2011.

 

 

Para além de escritor de canções, Pedro Abrunhosa já contracenou com Chiara Mastroianni no filme de Manoel de Oliveira “A Carta”, de 1999, e é um habitual cronista em vários meios de comunicação social. Em 2005 fundou os BoomStudios, estúdios de gravação para si mesmo e para outros nomes da música nacional e internacional. Venceu vários prémios: 3 Globos de Ouro, o Prémio Bordallo de Imprensa, o Prémio SPA – ‘Pedro Osório’, 4 Prémios Blitz, entre outros. Em 2016, Pedro Abrunhosa, enquanto autor, foi responsável pelo cântico de apoio à Seleção Nacional de Futebol no Euro2016, em França, com uma adaptação da canção “Tudo o que eu te dou”. Mas Pedro Abrunhosa é também um homem de causas. E se hoje a cidade vibra com a programação cultural do Coliseu, está seguramente na memória dos Portuenses a imagem de Pedro Abrunhosa algemado às portas simbolizando a oposição da cidade à venda do espaço. Por isso e por tudo o mais, Pedro é um homem da cidade do Porto e o Porto é a cidade de Pedro Abrunhosa.

As duas imagens da Senhora da Luz
13 Agosto, 2018 / , ,

Antes do farol de São Miguel, que foi edificado em 1758 na Foz, terá existido no local uma capela dedicada à Senhora da Luz.

Segundo alguns estudos, na época pré-histórica aquele local teria um significado especial, como comprovam marcas feitas nas rochas. A referência à “Senhora da Luz” e à respetiva capela já surge em 1680. Seria uma construção simples, mas de grande importância para pescadores e marinheiros.

Bombardeada durante as guerras liberais, a capela seria destruída, mas do seu recheio foi salvo um altar com a imagem que está hoje na Igreja de São João da Foz do Douro. Esta imagem de Nossa Senhora invoca a luz, tão necessária para quem andava no mar. Enquadrada por talha dourada e adornada com imagens de anjos, a Senhora da Luz ainda hoje é venerada.

Na mesma igreja existe também outra imagem, com 30 cm de altura e feita em marfim, representando Nossa Senhora com Jesus ao colo. Apesar do seu reduzido tamanho, esta imagem, decorada com um manto bordado a ouro e pedras coloridas, destaca-se pela raridade e beleza de alguns detalhes. A imagem destinar-se-ia a ser transportada e beijada pelos fiéis em dias festivos.

Fonte: O Tripeiro 7ª Série, Ano XV número 9 Setembro 1996

Foz Velha
13 Agosto, 2018 /

Entre o Rio Douro e o mar, a chamada Foz Velha parece, por vezes, uma cidade à parte.

Habitada desde tempos pré-históricos, esta zona fértil para a agricultura e propícia à pesca foi, desde sempre, convidativa para que ali se instalassem pastores, pescadores e agricultores, mas também membros do clero.

No século XIX a Foz, que até aí não pertencia à cidade do Porto, passou a ser frequentada para atividades de lazer, sobretudo na época balnear.  As famílias mais abastadas construíram ali residências de verão e, aos poucos, a própria demografia foi sendo alterada, passando esta a ser a área mais nobre da cidade.

Passear pela Foz Velha é descobrir ruas estreitas e casas centenárias, mas também paisagens únicas e recantos onde por onde se espreita o mar.

O autor da página Porto a Penantes mostra-nos, através de imagens, toda a beleza da Foz Velha.

PortoaPenantes/